Resgate na Indonésia: pai de brasileira está preso em Portugal após ataque no Catar
Fechamento do espaço aéreo, por causa do conflito entre Israel x Irã, impede Manoel Marins de chegar até Juliana, após queda dela em vulcão
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O pai de Juliana Marins, turista brasileira que caiu no penhasco de um vulcão e aguarda resgate, na Indonésia, informou nas redes sociais que ainda não conseguiu chegar no país onde está a filha por conta do fechamento do espaço aéreo no Catar, após os ataques do Irã, nesta segunda-feira (23).
Manoel Marins Filho disse que está esperando no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, capital de Portugal. “Estamos aqui no aeroporto de Lisboa e infelizmente soubemos que o espaço aéreo de Catar foi fechado. O nosso voo passa obrigatoriamente por Doha”, comentou no vídeo.
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O pai da brasileira ainda disse que não sabe quais medidas a companhia aérea deve tomar ou se poderá chegar na Indonésia ainda nesta segunda-feira. Enquanto isso, ele aguarda em Portugal. “Infelizmente, por enquanto não podemos sair daqui”, disse Manoel.
“Só sei que nós continuamos confiando em Deus e pedindo a ele que dê uma solução para tudo, inclusive, para a nossa viagem. Nós queremos e precisamos chegar lá em Bali, para Lombok, acompanhar o resgate da Juliana”.
Itamaraty fala sobre o resgate na Indonésia
Horas antes de comunicar sobre o problema com os voos, Manoel Marins falou nas redes sociais sobre a publicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que fala sobre os esforços do Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty) no caso da Juliana.
Em nota oficial, o Itamaraty informou no domingo (22) que a embaixada do Brasil em Jacarta, capital do país indonésio, mobilizou as autoridades locais do mais alto nível, após ser acionada pela família da turista. O Itamaraty disse, ainda, que as suas ações permitiram o envio das equipes de resgate para a área da queda de Juliana, em uma região remota.
“Obrigado a todos que estão se mobilizando, obrigado ao governo brasileiro, obrigado aos amigos e as pessoas que eu nem conhecia e nem esperava, mas estão se solidarizando, se mexendo e fazendo o que é possível”, disse pai de Juliana nas redes sociais.
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A queda da brasileira na Indonésia
Durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, Juliana sofreu uma queda, na última sexta-feira (20), e está em uma área de difícil acesso, sem água, comida ou agasalho. Ela estava em um mochilão pela Ásia, acompanhada de outros turistas, com suporte de uma empresa de turismo local.
A família denunciou nas redes sociais a lentidão e despreparo das equipes de resgate da Indonésia e pediu ajuda internacional, no domingo (22). “Ela está sozinha, ferida e sem recursos. Precisamos de agilidade”, disse a irmã em uma publicação nas redes sociais.
A jovem de 26 anos compartilhava na internet fotos praticando esportes, explorando paisagens e se dedicando a atividades como a corrida. Ela cursou Direito na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 2016, mas não concluiu a graduação. A informação foi confirmada pela própria instituição nesta segunda-feira (23).