Reação que levou à explosão em prédio de Uberlândia se deu por acúmulo do gás
Técnico explicou que caso o vazamento fosse de pequeno volume não haveria uma reação tão forte e que o acúmulo do gás tende a ser mais forte perto do ponto de escape
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Ainda que não se saiba efetivamente qual foi a ignição para a explosão que aconteceu em um apartamento no bairro Shopping Park, na terça-feira (17), o acúmulo do gás no imóvel pode ser apontado como o fator que levou à reação violenta que deixou uma moradora gravemente ferida e destruiu o apartamento.
Geralmente quando se aciona um fogão, o chamado Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) que sai pelo queimador é em pequeno volume e acaba sendo consumido rapidamente, o que não causa uma queima violenta. “Ela continua como uma chama”, disse o engenheiro químico e engenheiro de segurança, Euclides Antônio Pereira de Lima.
Contudo, um acúmulo muito grande pode tornar a reação mais forte e rápida. “Se eu tenho vazamento num ponto, todos os outros ramos dessa instalação vão se direcionar para esse ponto, pois ele se torna de menor pressão, o que vai causar acúmulo e gerar uma explosão”, explicou o especialista.
No dia da explosão foi sentido um forte cheiro de gás e um vazamento foi detectado. A explosão aconteceu entre esse momento e a chegada de um técnico para a amneutenção, O condomínio teria mandado mensagens ao moradores sobre o vazamento.

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Pressão
O acúmulo do gás se dá perto do ponto de vazamento, segundo o Euclides Pereira, porque ele sai de um sistema em alta pressão, formado pelo cilindro e o encamento, em busca de um ponto de menor pressão, que seria o local de escape.
Por ser mais denso que o ar, o GLP se acumula mais próximo ao chão e vai tomando o ambiente aos poucos.
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Causas
Ainda não há laudo sobre o que pode ter causado a explosão após o acúmulo do gás no prédio em Uberlândia. Mas certamente algo iniciou a combustão e isso é um dos pontos a serem entendidos na situação.
Para haver o início de uma combustão são necessários três fatores: o oxigênio, que é o chamado comburente, material combustível, que naquele caso foi o GLP vazando, e algo para dar a ignição.
“A ignição pode ser uma chama efetivamente falando, uma faísca de eletricidade de um interrupator, por exemplo, ou a eletricidade estática acumulada dos materiais”, explicou o engenheiro.