Quem era Vanessa Jussara, motorista de aplicativo morta em Uberlândia

Irmã relembra momentos com a vítima e pede justiça pela tragédia; vítima, de 38 anos, foi encontrada morta após cinco dias desaparecida

, em Uberlândia

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A motorista de aplicativo Vanessa Jussara da Silva, de 38 anos, foi encontrada morta na zona rural de Uberlândia, nesta quinta-feira (9), após cinco dias desaparecida. Natural de Piumhi, próxima a Capitólio, Vanessa Jussara vivia na cidade desde os três anos de idade e morava no bairro Novo Mundo. Mãe de duas meninas, uma de 19 e outra de 10 anos, ela era conhecida por ser uma mulher alegre, trabalhadora e dedicada à família.

Segundo a irmã da vítima, Lígia Cátia da Silva, o crime teria sido cometido por um homem com quem Vanessa Jussara se relacionava havia cerca de cinco meses. “Ele matou a minha irmã por ciúmes. Quero olhar nos olhos dele e perguntar o que existe dentro dele, porque não é um ser humano”, desabafou.

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Vanessa Jussara
Vanessa Jussara, motorista de aplicativo de 38 anos, desapareceu em Uberlândia após ser vista no bairro Dom Almir – Crédito: Reprodução/Arquivo pessoal

Motorista de aplicativo morta em Uberlândia estava desaparecida

Vanessa Jussara saiu para trabalhar na madrugada de domingo (5) e não foi mais vista. O carro dela, um Renault Sandero branco, foi localizado em uma rua do bairro Dom Almir, sem sinais da motorista. Desde então, a família iniciou uma intensa campanha de buscas e pedidos de ajuda nas redes sociais. Ela trabalhava como motorista de aplicativo há muitos anos.

Motorista de aplicativo morta em Uberlândia era mãe de duas filhas
Carro de Vanessa Jussara, Sandero branco, foi visto pela última vez no bairro Dom Almir, antes do desaparecimento – Crédito: PMMG/Reprodução

De acordo com a Polícia Civil (PC), o principal suspeito do crime é o homem de 35 anos com quem a motorista mantinha um relacionamento recente. Segundo a Polícia Militar, as equipes já vinham acompanhando o caso e coletando informações junto à própria família de Vanessa Jussara.

Mesmo já sendo considerado suspeito, o homem manteve contato próximo com os parentes da vítima, chegou a visitá-los nos últimos dias e até se sentou à mesa com eles na noite de quarta-feira (8), demonstrando preocupação com o desaparecimento.

A família colaborava com as investigações e mantinha uma postura natural diante do suspeito, para que ele não desconfiasse de que estava sendo investigado. O histórico de violência também pesou nas suspeitas. Em 12 de agosto deste ano, o casal foi conduzido à delegacia após uma ocorrência de violência doméstica, embora não houvesse medida protetiva em vigor. Na véspera da prisão, o suspeito trocou o número de telefone e apresentava indícios de que pretendia deixar Uberlândia, o que intensificou o monitoramento por parte da polícia.

Ele foi preso e confessou o assassinato. Segundo a investigação, o suspeito teria matado a vítima em Uberlândia, colocado o corpo no carro e o levado até uma área de mata na região do Parque Estadual do Pau Furado, onde o corpo foi encontrado.

“Ela era minha metade”, diz a irmã da vítima

Em entrevista, Lígia Cátia irmã relembra com emoção os momentos de convivência com a irmã e descreveu Vanessa Jussara como uma pessoa querida por todos. “Ela sempre me ligava por videochamada durante as corridas, dizia que estava cansada, mas nunca deixava de sorrir. Quero lembrar dela assim… minha metade, uma mulher de coração enorme, que nunca fez mal para ninguém”, contou.

Segundo a irmã, o suspeito chegou a frequentar a casa dos pais da vítima, em Uberlândia, enquanto as buscas aconteciam. “Ele aceitou um prato de comida da minha mão. Eu servi ele, e ele já tinha matado a minha irmã. Isso é o que mais me dói”, afirmou emocionada.

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Despedida e pedido de justiça

O corpo de Vanessa Jussara será velado e sepultado pela Paz Universal, em Uberlândia. O horário ainda não foi confirmado. A família pede justiça e diz que vai acompanhar o caso até o fim. “Eu vou esperar ele até o último dia da minha vida. Minha irmã merece justiça”, declarou a irmã.