Quem era Renata Miranda, a uberlandense vítima de feminicídio em Curitiba
Gerente de lojas e descrita como alegre e generosa, Renata Miranda havia se mudado para cidade a trabalho e foi assassinada após recusar relacionamento com o vizinho de quarto
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Uberlandense vítima de feminicídio em Curitiba, Renata Miranda, de 43 anos, era gerente de lojas e havia se mudado para a capital paranaense a trabalho. Conhecida por sua alegria, criatividade e amor por viagens, ela foi assassinada nesta quarta-feira (16) dentro do pensionato onde morava, no Centro da cidade.

A mudança para Curitiba aconteceu por motivos profissionais. Renata trabalhava como gerente da rede de lojas Zinzane e, segundo a sobrinha, Thaís Miranda, foi transferida para o Rio de Janeiro no início do ano após o fechamento da unidade da marca no Center Shopping, em Uberlândia. Já em maio, anunciou nas redes sociais a despedida da cidade fluminense e a ida para a nova filial da empresa em Curitiba. Lá, alugou um quarto em um pensionato localizado na região central da cidade.
“Ela era uma pessoa muito feliz, muito livre, criativa e gostava de viajar. Ela confiava muito nas pessoas e gostava de estar próxima de todo mundo, rodeada de pessoas”, descreveu a sobrinha da vítima.
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O momento do crime
A família afirma que Renata se dedicava com entusiasmo ao novo desafio profissional. No entanto, há cerca de um mês, o homem que dividiria o mesmo corredor de quartos no pensionato passou a demonstrar interesse amoroso por ela.
Renata Miranda, de acordo com testemunhas, não correspondeu às investidas. Desde então, o comportamento do suspeito teria se tornado instável e possessivo. Moradores relatam que no último domingo (13) houve uma discussão motivada por ciúmes do homem.

No dia do crime, na quarta-feira (16), a vítima havia informado aos familiares que se arrumaria para ir ao trabalho às 8h e que ligaria mais tarde. Porém, por volta de meio-dia, a dona do pensionato ligou para a família informando a morte de Renata Miranda. O suspeito foi encontrado ferido, com cortes no pescoço, pulso e abdômen, e foi levado ao hospital, onde permanece sob escolta policial. A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio.
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Um clamor por Justiça
Nas redes sociais, amigos, colegas de trabalho e familiares expressaram tristeza e pediram por Justiça.

Em meio ao luto, a sobrinha Thaís Miranda também fez um desabafo:
“É revoltante pensar que alguém que mal a conhecia se achou no direito de tirar a vida dela. Mesmo se tivesse algum motivo, nada justifica.”