Professor de música de Patos de Minas é suspeito de abusar de 5 crianças, diz polícia

Em entrevista nesta segunda-feira (25), Polícia Civil confirma investigações e dá mais detalhes do caso; professor de escola municipal de Patos de Minas foi afastado das funções

, em Uberlândia

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A Polícia Civil (PC) confirmou, em coletiva nesta segunda-feira (25), a identificação de cinco crianças como possíveis vítimas de abuso sexual cometido por um professor de música de Patos de Minas. O servidor, que atuava em uma escola municipal no bairro Jardim Esperança, foi afastado de suas funções.

Polícia Civil realizou coletiva nesta segunda-feira (25) em Patos de Minas, onde confirmou a identificação de cinco crianças como possíveis vítimas de abuso sexual – Crédito: Polícia Civil/Divulgação

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A delegada Tatiana Paiva, responsável pelas investigações, explicou que as evidências foram coletadas a partir dos relatos das mães. Duas das vítimas já passaram por exame de corpo de delito com um legista especializado. As outras três receberam atendimento inicial no Hospital Regional Antônio Dias, e os prontuários estão sob análise para definir a necessidade de perícia mais detalhada.

Na entrevista ela destacou a extrema cautela, dada a idade e a gravidade dos fatos. “Envolve crianças muito pequenas que não podem ser expostas, sequer devem ser ouvidas numa delegacia. Por isso, a gente precisa de paciência, de muita cautela”, afirmou a delegada.

Situação do professor suspeito de abuso em Patos de Minas

O professor, investigado por estupro de vulnerável, chegou a ser preso pela Polícia Militar (PM) na semana passada, mas foi liberado após ser ouvido, já que os supostos abusos ocorreram em datas anteriores e não havia situação de flagrante. A Prefeitura de Patos de Minas o afastou e instaurou um procedimento interno na Corregedoria para apurar o caso.

Acompanhamento e apoio às famílias

O Conselho Tutelar e o Ministério Público acompanham o andamento do inquérito e o apoio às famílias. A PC reforçou que todas as medidas de proteção estão sendo adotadas e que o caso seguirá em sigilo até a conclusão das investigações.

O celular do professor foi apreendido para exame pericial. O delegado Jean Pierre Batista Neves, chefe do 10º Departamento de Patos de Minas, pediu cautela e reforçou o combate às fake news, destacando que seis investigadores estão dedicados ao caso. “Estamos atuando com firmeza e responsabilidade. Já realizamos várias oitivas e diligências, e em breve teremos respostas mais concretas para apresentar à sociedade”, ressaltou.

Carro do professor foi alvejado

No sábado (23), o carro do professor foi alvejado por disparos de arma de fogo. Segundo a PM, os tiros teriam partido da sacada de um apartamento no Edifício Bromélia, onde o suspeito estava.

No apartamento, os militares encontraram uma pistola, calibre 9mm desmontada, 11 munições (oito disparadas e três intactas), além de pequenas quantidades de maconha e cocaína. Um celular também foi apreendido. Durante a abordagem, o homem resistiu à ação policial, sendo necessário o uso de força para contê-lo.

O caso de cinco crianças como possíveis vítimas

Inicialmente, uma mãe percebeu alterações no comportamento de sua filha de quatro anos e resolveu investigar. A criança contou que o professor a tocava de forma inadequada e introduzia objetos, como lápis, em sua região íntima. A menina também relatou ter sido ameaçada pelo suspeito se ela contasse a alguém.

De acordo com a PC, as cinco crianças, todas entre 4 e 5 anos, serão ouvidas em breve por meio de depoimento especial no Fórum da cidade, um procedimento que garante um ambiente protegido e conta com a assistência de psicólogos para minimizar o trauma.

A Polícia Civil informou que seis investigadores estão dedicados ao caso para apurar os fatos e identificar outras possíveis vítimas. O celular do professor investigado foi apreendido para exame pericial.

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Delegado pede cautela e combate às notícias falsas

O delegado Jean Pierre Batista Neves, chefe do 10º Departamento de Patos de Minas, reforçou que as investigações seguem em andamento e que o trabalho pericial deve trazer elementos para confirmar ou não as acusações. “Estamos atuando com firmeza e responsabilidade. Já realizamos várias oitivas e diligências, e em breve teremos respostas mais concretas para apresentar à sociedade”, destacou.