Prefeitos ficam retidos em Israel após ataque: “se possível, mandar o governo brasileiro nos buscar”
Fechamento do espaço aéreo sobre a região impede a saída dos representantes, que aguardam autorização para embarcar de volta ao Brasil
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Prefeitos ficam retidos em Israel após ataque ao Irã durante uma missão oficial em Israel. Entre eles o vice de Uberlândia, Vanderlei Pelizer, e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, estão impedidos de deixar o país devido ao fechamento do espaço aéreo após ataques israelenses contra alvos no Irã. O Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, está fechado até novo aviso, e a comitiva aguarda autorização para embarcar.

O grupo de 25 autoridades municipais brasileiras precisou se abrigar em bunker em Israel na madrugada de sexta-feira (13), após sirenes de emergência acionadas durante ataques entre Israel e Irã, seguindo protocolos de segurança durante missão oficial.
Os gestores se pronunciaram em vídeos afirmando que estão recebendo assistência do governo israelense e da embaixada brasileira, mas manifestaram preocupação com a situação.
“Se possível, mandar o governo brasileiro nos buscar”, disse o prefeito de João Pessoa Cícero Lucena junto ao vice-prefeito de Uberlândia Vanderlei Pelizer.
Voos cancelados e espaço aéreo fechado
Dados do Flightradar24 mostram que companhias aéreas suspenderam e desviaram voos sobre Israel, Irã e Iraque para garantir a segurança de passageiros e tripulantes.
A companhia aérea israelense El Al Airlines anunciou a suspensão temporária de seus voos de e para Israel. O espaço aéreo do Irã e do Iraque também permanece fechado, com aeroportos sem operações.
Irã declara “estado de guerra”
O Irã classificou os ataques israelenses como uma “declaração de guerra”, confirmando a morte de diversos comandantes militares e afirmando que bases e centros logísticos foram atingidos.
A escalada do conflito inclui declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que pressionou o Irã a aceitar um novo acordo nuclear e alertou que a situação “vai piorar”.
Israel permanece em alerta máximo, temendo ataques retaliatórios. As Forças de Defesa israelenses mantêm o controle do espaço aéreo fechado para minimizar riscos.
Brasil monitora situação
A delegação brasileira permanece sob a proteção das autoridades israelenses, que garantem a segurança do grupo.
O governo brasileiro acompanha o desenrolar dos fatos e mantém comunicação constante para assegurar o retorno dos representantes assim que o espaço aéreo for reaberto.