Polícia Civil prende quatro suspeitos e conclui 1ª fase da operação Muro ao Lado em Ituiutaba
Ação desarticulou organização criminosa interestadual envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro; grupo era comandado por investigado que morava ao lado da delegacia
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, na manhã desta segunda-feira (13), quatro suspeitos investigados por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro durante o encerramento da primeira fase da Operação Muro ao Lado, em Ituiutaba. A ofensiva, coordenada pelo delegado Rafael Faria, faz parte de uma investigação que desmantelou uma organização criminosa interestadual, responsável por movimentar altas quantias e distribuir entorpecentes em diversos municípios de Minas e Goiás.
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A operação contou com o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão, representando o encerramento bem-sucedido da primeira etapa da investigação, iniciada em fevereiro deste ano. Segundo a Polícia Civil, restam poucos alvos a serem detidos.
A investigação teve início após a prisão em flagrante de três homens em Ituiutaba, quando foram apreendidos 48 tabletes de maconha. A análise dos celulares dos suspeitos revelou uma rede criminosa organizada, com atuação em vários estados e movimentações financeiras fracionadas para dificultar o rastreamento.
Entre os principais investigados estão Rodrigo Augusto de Souza Parreira, conhecido como Rodrigo Didi, apontado como fornecedor das drogas; Rafael Guilherme Paulino Cariri, o Nenezão BH; e John Rodrigo de Oliveira Silva, apelidado de Digão Pará de Minas.
Operação Muro ao Lado
O nome Muro ao Lado foi escolhido por causa da ousadia do grupo. O líder da quadrilha morava a poucos metros da sede da Delegacia de Polícia Civil de Ituiutaba, simbolizando o sentimento de impunidade dos envolvidos.
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Durante o cumprimento dos mandados, ações simultâneas foram realizadas em 12 cidades, entre elas Uberlândia, Belo Horizonte, Contagem, Pará de Minas, Esmeraldas e Centralina.
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As equipes apreenderam 53 kg de pasta base de cocaína, 7 kg de maconha, 80 munições de diversos calibres, armas de fogo, balanças de precisão, maquinário para contagem de dinheiro, anotações do tráfico e veículos de alto valor, além de celulares encaminhados à perícia. O total estimado das apreensões chega a R$ 1 milhão.
Ao todo, 10 pessoas haviam sido presas durante a deflagração inicial da operação, em agosto deste ano. Com as prisões desta segunda-feira, a Polícia Civil praticamente encerra a primeira fase com todos os principais alvos capturados.
De acordo com o delegado Rafael Faria, as ações representaram “um golpe expressivo na logística e no financiamento da organização criminosa, interrompendo rotas de drogas e fluxos de dinheiro ilícito”. As provas reunidas até agora servirão de base para o avanço das próximas fases da investigação.
A operação Muro ao Lado contou com apoio da Polícia Civil de Goiás e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
