Polícia Civil investiga esquema de superfaturamento em Expocampo de Campo Florido
Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, sendo 24 em Campo Florido e 2 em Uberaba; em um deles, na casa do vice-prefeito, a polícia apreendeu R$ 30 mil em espécie
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou nesta terça-feira (28) a Operação Expocampo, com o objetivo de investigar um esquema de superfaturamento de recursos públicos destinados a exposição agropecuária realizada em julho no município de Campo Florido, no Triângulo Mineiro. Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, sendo 24 em Campo Florido e 2 em Uberaba. Entre os alvos da operação, um mandado foi cumprido na casa do vice-prefeito de Campo Florido, onde foram apreendidos R$ 30 mil em espécie.
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A ação é conduzida pela Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro de Uberaba, com apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e determinação do Juízo da 2ª Vara Criminal de Uberaba e conta com a participação de 90 policiais civis e quatro analistas do MPMG.
Como funcionava o esquema
De acordo com a PCMG, a investigação aponta que um grupo criminoso teria utilizado o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional (Convale) como intermediário de pagamentos e empresas de fachada para vencer licitações junto à Prefeitura de Campo Florido desde o início da atual gestão.
Segundo as investigações, um vereador da cidade, que também atua como contador, seria o responsável pela criação das licitações fraudulentas. O parlamentar teria usado o próprio escritório de contabilidade para abrir CNPJs de empresas fictícias, com o objetivo de participar de processos licitatórios direcionados.
O delegado Eduardo Garcia, responsável pelo caso, detalhou a atuação do grupo. Segundo ele, “O que conseguimos apurar até o momento é que essas empresas foram criadas por um determinado vereador que, por sua especialidade em ciências contábeis, criava pessoas jurídicas de fachada. Essas empresas participavam de processos licitatórios junto ao Executivo Municipal de Campo Florido e eram beneficiadas, celebrando contratos públicos milionários.”
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O delegado ainda destacou que “o que chamou a atenção da polícia é que essas empresas recém-constituídas, com apenas 15 a 20 dias de criação, estavam celebrando contratos públicos milionários. Ao investigar, constatamos que elas existiam apenas no papel, sem estrutura física ou funcionários.”
Entre os alvos da operação, um dos mandados foi cumprido na casa do vice-prefeito de Campo Florido, onde foram apreendidos R$ 30 mil em espécie e diversas folhas de cheque, que serão encaminhadas para análise pericial.
Operação Expocampo
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (28), foram alvo da operação residências de empresários, agentes públicos e políticos.
Os policiais apreenderam documentos, quantias em dinheiro e aparelhos celulares, que serão encaminhados para análise técnica e poderão auxiliar no avanço das investigações.
A PCMG informou que os materiais apreendidos e os dados obtidos durante as buscas serão analisados para subsidiar investigações futuras, podendo resultar em responsabilizações criminais e civis dos envolvidos.
A operação é conduzida pela Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro de Uberaba, com o apoio da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do MPMG.
