PF desarticula esquema que comprava lotéricas para fraudar a Caixa Econômica Federal
Suspeito foi preso em Curitiba após aplicar golpes em uma lotérica no interior do Rio Grande do Norte; operação contou com apoio da PRF e da área de segurança do banco público
A Polícia Federal prendeu um homem suspeito de participar de um esquema que comprava lotéricas para fraudar a Caixa Econômica Federal. O grupo criminoso chegou a comprar uma casa lotérica no Rio Grande do Norte para realizar autenticações falsas de boletos e transferir valores para contas pessoais e de comparsas. A prisão ocorreu no Aeroporto Internacional de Natal, de onde o suspeito tentava embarcar para Curitiba (PR).
📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp
Segundo as investigações, a quadrilha usava a estrutura e os sistemas da própria lotérica para movimentar o dinheiro desviado. Centenas de operações suspeitas foram identificadas pela central de segurança da Caixa, que comunicou o caso à PF.
A apuração ainda busca esclarecer se o grupo contava com funcionários infiltrados ou apoio técnico interno para burlar os sistemas de controle da rede lotérica.
A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da área de segurança do banco público. O suspeito foi conduzido à Superintendência da PF no Rio Grande do Norte e permanece à disposição da Justiça.
Esquema semelhante em São Paulo
Três dias antes, uma lotérica em Suzano (SP) também havia sido alvo de um golpe com características semelhantes, o que levantou a suspeita de que o mesmo grupo tenha atuado em diferentes estados.
A PF investiga se os criminosos utilizavam empresas de fachada para movimentar os valores e ocultar a origem do dinheiro.
Leia Mais
O material apreendido passará por perícia técnica. As investigações seguem sob sigilo judicial para identificar outros possíveis envolvidos.
Fraudes milionárias no Sul do país
Em outro caso recente, a Polícia Federal prendeu suspeitos de falsificar documentos de clientes da Caixa para furtar dinheiro de contas bancárias no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
De acordo com a PF, o grupo teria movimentado mais de R$ 42 milhões por meio de cadastros falsos de biometria, clonagem de cartões e uso indevido de dados pessoais.
SAIBA MAIS: Receita Estadual mira fraudes em postos de combustíveis e faz operação em Minas
Foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão em cidades dos dois estados, além de Brasília. A Justiça determinou o sequestro de 17 veículos e um imóvel, que deverão ser usados para ressarcir as vítimas.
Os investigados devem responder por organização criminosa, estelionato majorado, falsidade documental e lavagem de dinheiro.