Operação Maledicta Bocca prende jovem de 21 anos por extorquir moradores em rede social

Investigada, com 21 anos, publicava fofocas em rede social e cobrava dinheiro para remover publicações difamatórias; Justiça determinou prisão preventiva e bloqueio de contas

, em Uberlândia

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Uma jovem de 21 anos foi presa, preventivamente, por utilizar uma página de fofocas no Instagram para extorquir moradores de Uberaba e Conceição das Alagoas, no Triângulo Mineiro. As investigações da  Operação Maledicta Bocca, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), apurou que a suspeita exigia pagamentos no valor de R$300 para retirar postagens ofensivas contra vítimas expostas em seu perfil do Instagram.

A prática criminosa, conforme a Polícia Civil, se tornou sua principal fonte de renda, afetando diretamente a vida pessoal e social de diversos moradores das cidades de Uberaba e Conceição das Alagoas.

Operação Maledicta Bocca
O perfil era utilizado para divulgar fofocas sobre a vida dos moradores – Crédito: PCMG/Reprodução

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50 dias de investigação e milhares de páginas analisadas

A investigação durou cerca de 50 dias e reuniu provas de que a jovem era responsável pela página intitulada “Leo Dias CDA”. O conteúdo publicado atacava a honra e dignidade de moradores, gerando transtornos à comunidade.

O delegado Bruno Vinícius, responsável pelo inquérito, destacou o impacto da operação. “A internet não é e nunca será uma terra sem lei. A Polícia Civil trabalhou incansavelmente na apuração, analisando mais de 12 mil páginas de conteúdo. A investigação continua e ainda há um grande volume de dados para ser periciado”, disse.

Operação Maledicta Bocca: justiça determina prisão e suspensão da página

A 1ª Vara Criminal de Conceição das Alagoas decretou a prisão preventiva da investigada, além do bloqueio das contas bancárias utilizadas para receber os valores da extorsão. Também foi determinada a suspensão da página no Instagram, que agora está fora do ar por tempo indeterminado.

Polícia orienta vítimas a denunciarem as extorsões

A PCMG faz um apelo para que todas as pessoas que foram alvos do esquema procurem a delegacia e registrem ocorrência. “É fundamental que cada vítima formalize a denúncia para que a responsabilização criminal seja completa”, reforçou o delegado.

A suspeita responderá por extorsão, difamação e injúria. Se condenada por todos os crimes, a pena pode ultrapassar 10 anos de prisão.