“Nunca vimos fogo assim”: moradores descrevem combate a incêndio em Estrela do Sul
Chamas atingem pelo menos dez propriedades rurais e mobilizam bombeiros e voluntários com tratores e caminhões-pipa
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“É como se o capim virasse pólvora”. O relato de produtores rurais resume a gravidade do incêndio em Estrela do Sul, que desde quinta-feira (11) já consumiu mais de 2 mil hectares de vegetação e ameaça fazendas às margens do Rio Bagagem, segundo moradores da região.
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Equipes do Corpo de Bombeiros de Araguari, apoiadas por fazendeiros e voluntários, atuam no combate às chamas. Ainda assim, o trabalho tem sido dificultado pelas altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes típicos do período de seca.

Moradores afirmam que mais de dez propriedades foram atingidas. Cerca de 40 pessoas, com tratores, grades e caminhões-pipa, se uniram aos bombeiros em uma tentativa de controlar o incêndio.
O produtor rural Vilmar Pereira relatou a gravidade da situação. “O fogo é muito intenso. Nós, produtores, estamos ajudando como podemos, mas só os bombeiros não dão conta. Precisamos de mais estrutura”, afirmou.
Pereira contou ainda que precisou abandonar o trator usado na construção de aceiros após ficar cercado pelas chamas. “Saí correndo a pé até o asfalto para pedir ajuda. Felizmente consegui voltar para casa, mas foi por pouco”, disse.
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Outro morador, o produtor rural Vonei Luiz, destacou o esforço coletivo. “Creio que o incêndio já atingiu em torno de 3 mil hectares, pela quantidade de propriedades. O sol está forte, o capim vira pólvora. Nunca vi fogo nessa proporção aqui”, relatou.

Além do prejuízo ambiental, há relatos de animais mortos e pastagens destruídas, o que compromete diretamente a alimentação do gado e a renda dos produtores.
Alerta sobre o incêndio em Estrela do Sul
Segundo moradores, existe o risco de o fogo atravessar o Rio Bagagem e alcançar áreas como Corvo Grande, Tatão, Paracatu, além de propriedades tradicionais conhecidas da comunidade.
O Corpo de Bombeiros informou que segue monitorando a região e que a dimensão do incêndio exige reforço no combate. Enquanto isso, voluntários permanecem em campo, na tentativa de impedir que o fogo se espalhe ainda mais.
Com informações de Lucas de Carvalho – TV Paranaíba