“Não viveremos tantas coisas que planejamos”: mãe de Melissa compartilha desabafo sobre a perda da filha
Adolescente de 14 anos foi morta por um colega de classe em uma escola de Uberaba na última quinta-feira (8)
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No primeiro Dia das Mães sem a filha, neste último domingo (11), a mãe de Melissa Campos, Rosana Agreli, usou as redes sociais para escrever um texto sobre a dor da perda. Melissa, de 14 anos, foi morta na última quinta-feira (8), dentro de uma escola em Uberaba.
Com uma foto da filha sorrindo, a mãe falou sobre os altos e baixos do luto e sobre tudo o que ficou para trás com a partida da filha.
“Não a verei terminar a escola, se formar, se casar. Não verei seu rosto de mulher adulta. Não viveremos tantas coisas que planejamos, que poderiam ser, mas não serão”, escreveu.
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No texto, ela também contou como a saudade e a tristeza têm sido profundas. “Por mais doída que seja a minha perda, por mais que minhas lágrimas não cessem, que a saudade me quebre e que a profunda tristeza me lance no chão…”, escreveu, sem esconder a dor que está vivendo.
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Continuou: “eu Senhor escreveu 14 lindos anos para minha filha. Cada um desses dias escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda (Sl 139.16). E, depois disso, a eternidade com Ele”.
A publicação tocou muita gente nas redes sociais. Familiares, amigos e até pessoas que não conheciam Melissa deixaram mensagens de carinho e solidariedade.
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Ainda na sexta-feira (9), o pai de Melissa também havia se pronunciado, afirmando: “cremos num Deus soberano, cujos planos jamais podem ser frustrados. Não cabe a nós questionar os porquês. Não há em nosso coração raiva ou revolta. A dor é dilacerante, mas o amor de Cristo nos conforta”, compartilhou.
Pressentimento
Dois dias antes de perder a filha, no sábado (10), Rosana também havia compartilhado outro texto que chegava a dizer terem um pressentimento.
No relato, ela contou como a família lidava com um momento difícil — o furto do carro — e como, mesmo sem saber, estavam sendo preparados para algo muito maior.
“Eu não tinha ideia da tempestade. Eu não tinha ideia do tamanho da dor prestes a chegar. Mas eu conheço o amor do meu Senhor, e é aos pés dele que eu choro, me quebro e derramo a minha dor”, escreveu.
Ela contou que na quarta-feira (7), véspera do crime, a família havia conversado sobre provações e fé, e que até usaram o exemplo bíblico de Jó, sem imaginar que no dia seguinte estariam diante da maior dor de todas.
“Hoje foi o acordar mais difícil de toda a minha vida”, desabafou no dia seguinte à morte da filha. “Abrir os olhos e encarar a realidade me trouxe uma dor lancinante, indescritível. Nós três choramos juntos, gritamos, expressamos essa nossa tristeza que parece não ter fim”.
