Menores envolvidos em tentativa de latrocínio podem cumprir no máximo 3 anos de internação, diz delegado
Delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu, destacou a diferença na aplicação da pena para adolescentes envolvidos em crimes graves
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Durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), sobre a tentativa de latrocínio ocorrido na Zona Sul da cidade, no qual um jovem de 22 anos foi esfaqueado durante um assalto, o delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu, abordou a diferença no tratamento legal entre adolescentes e adultos envolvidos em crimes graves.
O delegado destacou que, caso os suspeitos fossem maiores de idade, poderiam ser condenados a pelo menos 20 anos de prisão, em caso de latrocínio.
No entanto, por serem adolescentes, responderão por um ato infracional análogo ao artigo 157, parágrafo terceiro, do Código Penal: “Hipoteticamente, se eles tivessem 18 anos, a pena mínima seria de 20 anos. Mas, por serem menores, quando muito, receberão uma medida socioeducativa de internação de três anos. Para reflexão”, afirmou.
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O caso ganhou repercussão após a confissão de um dos envolvidos, um adolescente de 16 anos, que relatou à Polícia Civil detalhes sobre a noite do crime. Ele afirmou que, junto com o primo, planejava roubar um carro no bairro Morada da Colina e que não saberia quantas facadas deu na vítima no momento da ação.
De acordo com as investigações, o jovem de 22 anos foi atacado ao reagir ao assalto. Os suspeitos fugiram levando o carro e objetos pessoais do casal abordado. O veículo foi localizado posteriormente em um condomínio no bairro Mansour. A vítima precisou passar por cirurgia e permanece internada em estado grave.
