Médica que sequestrou bebê chega a Uberlândia e segue sob custódia da Polícia Civil

A médica neurologista que sequestrou um bebê na maternidade do HC-UFU, Cláudia Soares Alves, já está em Uberlândia. Ela foi transferida de Itumbiara (GO) na manhã desta quarta-feira (5) e se encontra sob custódia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Cláudia Soares é investigada por suspeita de envolvimento no assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Derani, ocorrido em 2020.

A reportagem acompanhou a movimentação no Complexo de Delegacias do Jardim Patrícia, onde a médica chegou para passar pelos procedimentos legais. Imagens divulgadas pela polícia mostram o momento que eles entraram na residência de Claudia em Itumbiara. Veja:

De acordo com o delegado Felipe Sala, da comarca de Itumbiara (GO), três mandados de prisão temporária foram cumpridos em Itumbiara; um contra a médica e outros dois suspeitos, pai e filho, apontados como envolvidos no crime. Agora, a Polícia Civil irá avançar para a fase que deve confirmar o papel de cada um na execução do homicídio. Veja o momento em que os suspeitos chegam em Uberlândia;

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Suspeita queria assumir a maternidade da filha da farmacêutica

Segundo a investigação, a neurologista Cláudia Soares teve um relacionamento com o ex-marido da vítima em 2020 e teria demonstrado comportamentos considerados desequilibrados. O relacionamento terminou após dois meses, quando o homem descobriu a intenção da médica de assumir a maternidade da filha do casal. A vítima, Renata Bocatto , pecebendo as intenções proibiu o convívio da criança com a médica, o que teria motivado o crime.

Durante a apuração, a polícia encontrou indícios de que a médica planejou o assassinato para tentar retomar a família e assumir o papel de mãe da criança. A moto usada no crime tinha placa adulterada e já havia sido vista com os vizinhos da médica, também detidos. Ambos admitiram estar em Uberlândia no dia do homicídio e apresentaram um álibi posteriormente desmentido.

Histórico chocou o país

Cláudia Soraes ganhou repercussão nacional em 2022 após sequestrar um recém-nascido da maternidade do HC-UFU, alegando ser mãe da criança. Nesta quarta-feira, na casa da médica, a Polícia Civil (PC) encontrou um quarto infantil completo, com enxoval, berço e uma boneca tipo bebê reborn, indicando comportamento obsessivo ligado à maternidade.

Ela já respondia por:

• Sequestro de recém-nascido;
• Falsidade ideológica;
• Tráfico de pessoas;
• Tentativa de adoção fraudulenta.

Com a nova prisão, o caso passa a ter mais um capítulo e deve avançar para a definição formal da participação de cada suspeito.