Itamaraty monitora crise no Nepal e afirma não haver registros de brasileiros afetados

O governo brasileiro acompanha com atenção os protestos que tomam o Nepal e que já deixaram mais de 20 mortos e centenas de feridos, em sua maioria jovens. Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, o país monitora de perto os desdobramentos da crise, e até o momento não há registro de brasileiros afetados.

Entre os cidadãos brasileiros no país, estão a uberlandense Ana Flávia Mata Galvão e Mayra Vitória Ferreira de Souza, jogadoras de vôlei em Minas Gerais, que enfrentam dificuldades para retornar ao Brasil após seu hotel em Pokhara ter sido invadido por manifestantes.

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A situação de Ana Flávia e Mayra Vitória permanece incerta. AS jogadoras chegaram ao Nepal nos primeiros dias de setembro para jogarem pelo time Nepal Karnali Yashvis, mas a competição foi suspensa devido à instabilidade causada por crise política. Durante os protestos, elas precisaram se refugiar em uma área de mata. Em seguida, foram realocadas para outro hotel.

A passagem de retorno de Ana Flávia Galvão está marcada para o dia 15, saindo de Katmandu, a mais de 200 km de Pokhara, o que gera preocupação diante de bloqueios nas estradas e fechamento de aeroportos.

O governo brasileiro reforça o apelo para que todas as forças políticas do Nepal busquem “a via do diálogo pacífico e inclusivo, com vistas à manutenção da ordem constitucional e democrática”.

Veja a nota completa:

“O Governo brasileiro acompanha, com preocupação, a grave situação relacionada aos recentes distúrbios sociais no Nepal, que já causou mais de 20 mortes e deixou centenas de feridos, em sua maioria jovens.

O governo brasileiro apela a todas as forças políticas do Nepal para que busquem a via do diálogo pacífico e inclusivo, com vistas à manutenção da ordem constitucional e democrática.

A embaixada do Brasil em Katmandu acompanha os desenvolvimentos da crise. Até o momento, não há registro de brasileiros afetados. O governo brasileiro desaconselha, neste momento, viagens não essenciais ao país”.

Crise no Nepal

Os protestos começaram após o bloqueio de 26 plataformas de redes sociais pelo governo, medida que gerou revolta principalmente entre os jovens. Na segunda-feira (8), manifestantes tentaram invadir o Parlamento em Katmandu, e na terça-feira incendiaram o prédio principal e residências de ministros. Entre os mortos está Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Jhala Nath Khanal.

O primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou, e o presidente Ram Chandra Paudel já iniciou o processo de escolha de um novo premiê.