Investigações apontam nova pista sobre pai que sumiu com filhos em Uberlândia

Delegado de Araguari assumiu o caso e mais de 19 endereços já foram vistoriados nos últimos dias; crianças estão desaparecidas há 45 dias

, em Uberlândia

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O inquérito que investiga o desaparecimento de um homem e de seus dois filhos, de 7 e 5 anos, em Uberlândia, segue sob responsabilidade do delegado Diego de Moraes Guarnaschelli, de Araguari. Segundo a Polícia Civil (PC), mais de 19 endereços já foram vistoriados, e há uma pista sobre o paradeiro do suspeito.

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Crianças que sumiram após serem levadas pelo pai
Ana Júlia e Fábio Filho foram levados pelo pai durante as férias escolares – Crédito: Instagram/Reprodução

Além do homem desaparecido, a mãe dele também está sendo investigada. Segundo a PC, há suspeita de que ela teria acobertado o sumiço, já que não registrou boletim de ocorrência e prestou informações contraditórias em depoimento.

Em sua versão, ela afirmou que o último contato com o filho ocorreu em 11 de julho. No entanto, registros indicam que, no dia 12, ela e o filho teriam passado por um pedágio na região de Perdizes, usando o veículo de trabalho dele.

As investigações também apontaram que o homem vendeu imóveis e um comércio de açaí em Tupaciguara, repassando o dinheiro para a mãe. O caso, instaurado como inquérito de subtração de incapaz, segue sendo investigado.

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Histórico do caso

O desaparecimento ocorreu durante as férias escolares, quando o pai buscou as crianças com a mãe, em Uberlândia, no dia 7 de julho, e as levou para Tupaciguara, onde ficariam por 15 dias, conforme combinado. Desde meados de julho, no entanto, não há informações oficiais sobre o paradeiro dos três.

A Polícia Civil segue apurando os fatos, incluindo contradições nos depoimentos de familiares e pistas obtidas com deslocamentos registrados em sistemas de monitoramento.

A guarda legal das crianças é unilateral e pertence exclusivamente à mãe, conforme decisão judicial vigente desde abril deste ano.

Segundo o acordo de convivência homologado pela Justiça, o pai teria direito a 50% das férias escolares, compreendendo o período de 9 a 21 de julho.

No entanto, desde a data limite para a devolução das crianças, nenhuma informação concreta foi recebida pela família materna, e o homem deixou de responder a mensagens e ligações.