Insulinas são roubadas em Uberlândia e caso gera apelo ao Ministério da Saúde

Medicamentos essenciais para diabéticos foram levados por grupo armado; autoridades afirmam que vida de pacientes está em risco

, em Uberlândia

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O ataque criminoso à Central de Abastecimento Farmacêutica (CAF) de Uberlândia, ocorrido na madrugada desta terça-feira (15), resultou no furto de diversos medicamentos essenciais, entre eles frascos de insulina, com cerca de 1.000 canetas para aplicação — itens fundamentais para o tratamento contínuo de pacientes diabéticos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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A perda do estoque de insulina causou imediata mobilização política. O deputado federal Weliton Prado (PROS) encaminhou um pedido urgente ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, solicitando a reposição imediata dos medicamentos.

No documento, o parlamentar alerta que a interrupção no fornecimento coloca em risco a vida de milhares de pacientes que dependem da medicação diariamente.

“Trata-se de cuidado contínuo e os pacientes não podem ter o tratamento interrompido, razão pela qual urge a atuação desse Ministério de forma imediata”, destacou Weliton Prado em trecho da solicitação enviada ao Ministério da Saúde.

Em entrevista à TV Paranaíba, o político enfatizou que considera o caso um absurdo.

“É um atentado contra a vida das pessoas. Solicitamos, com máxima urgência, que o Ministério da Saúde faça a reposição imediata, ao menos das insulinas, que são fundamentais para quem tem diabetes. Esses pacientes não podem ficar sem o medicamento nem por um dia — é uma questão de sobrevivência. Já pedi à nossa assessoria a elaboração de um projeto de lei para aumentar a pena para crimes de roubo de medicamentos. É preciso uma punição dura e exemplar para que esse tipo de crime não se torne uma prática recorrente”.

Desde o crime, equipes da Secretaria Municipal de Saúde estão trabalhando para reestruturar o fluxo de distribuição nas unidades básicas e especializadas, além de colaborar com as investigações.

Em nota oficial, a Prefeitura de Uberlândia repudiou o ataque, classificando-o como um “grave atentado contra a coletividade”.

“Este é um ataque direto à população de Uberlândia, que depende desses medicamentos para tratamentos essenciais”, afirmou o comunicado.

O prefeito Paulo Sérgio Ferreira e o secretário municipal de Saúde, Adenilson Lima e Silva, acionaram a Polícia Militar (PM), a Polícia Civil (PC), a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o Ministério da Saúde e a Polícia Federal, na tentativa de acelerar as investigações e recuperar os medicamentos.

Segundo a Polícia Militar, a ação foi executada por uma quadrilha organizada de cinco pessoas, duas estando armadas. O prejuízo ainda está sendo avaliado, mas já se sabe que medicamentos como amitriptilina, insulina, albumina e suplementos como leite Aptamil também foram levados.

Enquanto os responsáveis pelo crime ainda não foram identificados, o município já estuda medidas para reforçar a segurança em seus estoques e unidades de saúde, que hoje contam com vigilância armada e videomonitoramento.

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