Furtos em casas aumentam em Uberlândia; saiba quais bairros estão mais vulneráveis

Entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 941 furtos residenciais na cidade, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2024

, em Uberlândia

-

O número de furtos em casas de Uberlândia cresceu 5% nos quatro primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado, como revelam os dados do Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG). Entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 941 furtos residenciais. Em 2024 tiveram 895 registros e, em 2023, 869 casos.

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Apesar de parecer um aumento discreto, a escalada de furtos acende um alerta para moradores e autoridades, principalmente pelo crescimento contínuo nos últimos três anos. Bairros populosos como Santa Mônica, Jardim Patrícia, Custódio Pereira, Umuarama e outras regiões das zonas sul e oeste da cidade estão entre os mais afetados.

Polícia Militar orientou que ao perceber atitudes suspeitas, a população acione o 190 ou denuncie anonimamente pelo telefone 181 – Crédito: Freepik

De acordo com dados oficiais da Polícia Militar, grande parte dos furtos ocorre durante o dia, geralmente entre 10h e 16h — período em que muitos imóveis estão vazios, com moradores fora para trabalhar ou estudar.

Outro padrão comum identificado pelas forças de segurança é a preferência por casas térreas com pouca proteção física e sem sistemas de segurança eletrônica. Imóveis sem câmeras, cercas elétricas ou vigilância ativa da vizinhança se tornam alvos mais fáceis.

Foi o que aconteceu com a empreendedora Adrielly Oliveira, que teve seu salão de beleza invadido na madrugada de 28 de abril, na Avenida Salomão Abraão, no bairro Santa Mônica. Os criminosos causaram prejuízos materiais e afetaram diretamente sua fonte de renda.

“Eles invadiram o salão durante a madrugada. Levaram secador, pranchas, escova, máquina de cortar cabelo. A gente fica sem poder trabalhar. Estamos preocupados com a situação porque é uma avenida e os criminosos estão tomando conta do bairro”, relatou a vítima.

×

Leia Mais

Procurado pela reportagem na época do caso, o 17º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento da região, informou que as ações de segurança são realizadas de forma contínua e que, somente em 2025, foram realizadas 155 prisões por diversos crimes, o que representa um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Casos recentes

Outro caso registrado recentemente ocorreu no dia 21 de maio, na rua Engenheiro Azeli, bairro Osvaldo Rezende. Segundo Kenia Silva, filha da moradora do imóvel, um homem anda pela calçada; passa em frente ao portão, tenta forçá-lo, se afasta e, momentos depois, retorna e consegue invadir a residência.

Também no mês de maio, uma casa no bairro Alto Umuarama, setor leste de Uberlândia, foi invadida por criminosos em plena luz do dia. Segundo a moradora, que preferiu não se identificar, ela chegou ao local por volta das 21h, a fechadura do portão estava quebrada e uma das janelas arrombadas.

Imagens de câmeras de segurança mostraram ao menos três homens pulando o muro e passando pela concertina antes de acessar o imóvel – Crédito: TV Paranaíba/Reprodução

Os invasores furtaram diversos itens de valor, como notebook, relógios, joias, malas, bolsas, roupas, documentos, bicicletas e mais de R$ 3 mil em dinheiro. O prejuízo total ultrapassou os R$ 30 mil.

Posicionamento da Polícia Militar

Em nota, a PM reforçou que “a população é parte fundamental e prioritária dos serviços de segurança pública” e destacou que realiza encontros frequentes com a comunidade para ouvir demandas, orientar sobre medidas preventivas e direcionar o policiamento para as áreas com maior incidência de crimes.

A corporação também orientou que os moradores participem das Redes de Proteção Preventiva, fornecendo informações que possam auxiliar as ações policiais. A recomendação é de que, ao perceber atitudes suspeitas, a população acione o 190 ou denuncie anonimamente pelo telefone 181.