Funcionário flagrado agredindo animais em pet shop de Uberaba será investigado
Imagens mostram suspeito agredindo cães com socos, tapas e raspagens bruscas; Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar de Meio Ambiente acompanham o caso
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O Ministério Público e as Polícias Civil e de Meio Ambiente iniciaram, nesta quarta-feira (12), uma investigação de funcionário flagrado agredindo animais em um pet shop de Uberaba. As imagens, registradas por câmeras de segurança, mostram o homem desferindo socos, tapas e empurrões em cães durante procedimentos de banho, tosa e transporte. Em alguns trechos, ele chega a prensar os animais contra a parede e a realizar raspagens de forma violenta. Após a divulgação dos vídeos nas redes sociais, o caso ganhou repercussão, e um inquérito foi instaurado para apurar as denúncias.

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Segundo o delegado de Uberaba, Eliton Feitosa, a corporação tomou conhecimento do caso e já iniciou as diligências para ouvir testemunhas e identificar todos os envolvidos. “A Polícia Civil tomou conhecimento dos fatos e já está sendo instaurado inquérito policial para a devida apuração”.
Funcionário flagrado agredindo animais
As imagens que mostram o homem desferindo socos na cabeça dos cães, tapas, raspagens bruscas e tratamento violento em diversos momentos diferentes, causaram forte repercussão entre moradores e protetores de animais em Uberaba. Comentários e compartilhamentos nas redes sociais pedem punição ao agressor e fiscalização mais rigorosa em estabelecimentos que lidam com o cuidado de pets.
Veja as imagens:
Uma vistoria foi realizada na casa onde atualmente o suspeito realiza os atendimentos aos animais, nesta quarta-feira (12), com participação de equipes da Polícia Civil, Polícia Militar de Meio Ambiente e Ministério Público. Durante a verificação, nada de irregular foi constatado no endereço visitado, pois os fatos teriam ocorrido em outro ponto da cidade, na rua Ponta Grossa onde o banho e tosa funcionava anteriormente.

As autoridades também confirmaram que os vídeos são de janeiro deste ano o e só vieram à tona após uma denúncia recente feita pelo ex-namorado do autor das agressões, motivada por conflitos pessoais entre os dois.
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A Polícia Civil foi procurada pela reportagem e alegou restrições institucionais que impediam declarações à imprensa neste momento. Já a Polícia Militar de Meio Ambiente afirmou que não houve registro de ocorrência pela corporação, razão pela qual também não se manifestaria oficialmente.
Cachorro é morto sob cuidados do suspeito
O caso ganhou ainda mais gravidade após o relato de Maximiliano Oliveira, um cliente que perdeu cachorro da família, um American Bully de pouco mais de um ano, sob os cuidados do suspeito que aparece nos vídeos. Segundo ele, o episódio ocorreu há menos de um mês.
“Ele pegou o cachorro aqui em casa, tinha 1 ano e pouco, um American Bully. Colocou dentro de um Celta e andou com o cachorro uns 50 minutos antes de levar para casa dele, uma casa que parece abandonada e que ele chama de pet shop. Depois ligou para minha esposa dizendo que o cachorro morreu, que tinha passado mal. Ele disse que o cachorro acalmou e que foi dar banho nele, mas quando chegamos, encontramos ele morto em cima da mesa de banho”, contou Maximiliano.
O tutor do animal disse ainda que chamou a polícia, mas foi orientado a procurar o Juizado Especial Cível (pequenas causas). “Chegamos no local e tinha sujeira para todo lado, um tanto de fezes espalhadas” Segundo ele, o animal foi atendido neste local após indicação de outro pet shop. O vídeo mostra o animal morto no local.
Maus-tratos são crime
De acordo com a Lei Federal nº 9.605/1998, que trata dos crimes ambientais, agredir ou causar sofrimento a animais domésticos é considerado crime de maus-tratos, com pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa e proibição de guarda de animais.A Polícia Civil orienta que qualquer cidadão pode denunciar casos suspeitos por meio do 190 (Polícia Militar) ou diretamente na Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente.