Família que morreu afogada no Rio Paracatu era conhecida pela fé e união

A família que morreu afogada no Rio Paracatu, em Brasilândia de Minas, no último fim de semana, era conhecida pela forte união, fé e pela convivência próxima com a comunidade. Rodrigo Rocha, de cerca de 30 anos, sua esposa Ediléia Nobre de Oliveira, de 28, e a filha do casal, Rebeca Rocha de Oliveira, de 5 anos, perderam a vida durante um momento de lazer.

De acordo com testemunhas, a menina foi arrastada pela correnteza para uma área mais profunda do rio. Na tentativa de salvá-la, os pais entraram na água, acabaram se afogando juntos. O casal deixa dois filhos, de 7 e 3 anos, que agora estão sob os cuidados da família materna.

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“Eles eram como irmãos para mim”

O sobrinho Teivison Nativa, de 33 anos, contou à reportagem do Paranaiba Mais que Rodrigo e Edileia estavam juntos há cerca de 10 anos e eram muito participativos na igreja. Ele lembra da tia com carinho e emoção. “Convivi muito com ela, fomos criados juntos e a tinha como uma irmã. Sempre foi muito religiosa, ajudava todo mundo, muito família. É difícil acreditar que aconteceu justamente em um lugar onde eles estavam sempre. Estamos em choque”. Rodrigo Rocha pescava no rio todo os dias, geralmente acompanhado pela esposa.

A última vez que Teivison viu a tia foi na quinta-feira (25), quando ela e Rodrigo foram até sua casa buscar uma carretinha. “Não imaginava que seria a última vez. É muito doloroso”, completou. Os corpos foram velados em clima de grande comoção e sepultados por volta das 23h de segunda-feira (29).

Tragédia que deixou filhos órfãos

Os dois meninos de 7 e 3 anos, filhos de Rodrigo e Edileia, não estavam no local no momento do afogamento. Eles estão sob os cuidados da família materna e passam bem fisicamente. Para os parentes, a maior preocupação agora é dar suporte emocional às crianças que perderam os pais e a irmã em circunstâncias dramáticas.