Família de Juliana Marins diz que soube da nova autópsia pela imprensa

Familiares de Juliana Marins disseram que pediram à Polícia Federal para investigar o vazamento da informação

, em Uberlândia

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A família da publicitária Juliana Marins, brasileira que morreu na Indonésia, disse que ficou surpreendida por ver o resultado da autópsia na imprensa, antes de eles terem acesso ao laudo. Segundo a Agência Brasil, eles pedem que a Polícia Federal (PF) investigue o vazamento da informação.

A nova autópsia foi realizada pelo Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro na manhã do dia 2 de julho, a pedido da família de Juliana, que questionou as conclusões do laudo apresentado pela Indonésia. O procedimento no Brasil contou com dois peritos legistas da Polícia Civil, um perito da Polícia Federal e um assistente técnico representante da família.

Família denuncia recusa da Emirates em embarcar corpo de Juliana Marins
Nova autópsia foi realizada no dia 2 de julho – Crédito: Reprodução/Redes sociais

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O possível vazamento foi denunciado pelos familiares da publicitária em conversa por telefone com a reportagem da TV Brasil. Conforme a família, a previsão era de que eles receberiam o laudo na sexta-feira (11) e então o iriam divulgar em entrevista coletiva, que teria a participação da Defensoria Pública da União (DPU) e do perito contratado para a autópsia.

A nova autópsia de Juliana Marins

O laudo apresenta que a jovem possui traumas no corpo são compatíveis com o impacto de uma queda e que a levaram a uma hemorragia interna fatal. Segundo o exame, a brasileira pode ter passado por um período de até 15 minutos de sofrimento físico e mental após a queda, sem conseguir se mover ou reagir.

Apesar do novo procedimento ter sido realizado, não foi possível descobrir o tempo exato da morte de Juliana Marins. A incerteza não colocou um fim a um grande sofrimento da família: saber se um socorro mais rápido teria impedido a morte da jovem de Niterói (RJ).

A família pediu por uma nova autópsia após uma investigação apontar divergências no horário da morte da brasileira. O laudo feito pelo legista indonésio Ida Bagus Alit apontava que a morte de Juliana podia ter ocorrido no dia 25 de junho, entre 6 a 24 horas após o horário divulgado pela equipe de resgate Basarnas sobre a morte dela.

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Morte em vulcão na Indonésia

Juliana Marins caiu do penhasco de um vulcão enquanto realizava uma trilha pelo Monte Rinjani, na Ilha de Lombok. A queda aconteceu no dia 21 de junho. No dia seguinte ao acidente, imagens feitas por um drone mostraram ela ainda viva. O resgate, no entanto, só conseguiu chegar até ela no dia 24 de junho, e a encontrou morta.

O corpo foi içado do monte no dia seguinte e chegou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 1º de julho. O enterro foi realizado no Cemitério Parque da Colina, em Niterói, no dia 4 de julho.