Explosão em condomínio de Uberlândia deixa moradores desalojados
Moradores do bairro Shopping Park aguardam perícia após explosão por gás; veja que diz a síndica do prédio
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Uma explosão por gás em um apartamento no bairro Shopping Park, em Uberlândia, levou à interdição do bloco 1B do Condomínio Residencial Colina Sul pela Defesa Civil, devido ao risco de desabamento. No local, a perícia técnica busca a origem exata do vazamento para determinar o que causou o incidente.

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Segundo a síndica do residencial, que não quis se identificar, o seguro do condomínio foi acionado e a seguradora deve comparecer ao local na próxima terça-feira (23). “A explosão foi um acidente dentro do apartamento. A Defesa Civil veio, interditou o bloco e eu vou pegar todos os laudos. O que for externo será de responsabilidade do condomínio. Já os apartamentos, dependem da apuração, porque pode acontecer erros como mangueiras furadas ou irregulares”, afirmou.
A gestora reforçou que não houve falha por parte da administração. “Não tem como eu cuidar de cerca de 400 pessoas, batendo de porta em porta. Tudo indica que o vazamento estava apenas naquela unidade. O incêndio não foi culpa minha, foi um acidente que ainda vamos descobrir de onde veio”, declarou.
Vídeo do momento da explosão:
Perícia e futuro do bloco
A Defesa Civil já realizou uma primeira vistoria e confirmou a necessidade de reparos estruturais antes que o bloco seja liberado. As autoridades responsáveis devem analisar a tubulação e os equipamentos de gás para identificar a origem exata do vazamento. Somente após os laudos será possível definir a responsabilidade pelo acidente e os custos da recuperação.
Conforme o Decreto nº 47.998/2020, que regula a segurança contra incêndio e pânico em edificações no Estado de Minas Gerais, é atribuição do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) realizar vistorias, perícias e emitir laudos técnicos quando ocorrem incêndios ou explosões, para verificar as condições estruturais, a origem do fogo e os riscos para os ocupantes.
O decreto também prevê que edificações com Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros devem observar normas técnicas de segurança contra incêndio, incluindo inspeções após sinistros, a fim de avaliar danos e autorizar ou negar a reocupação.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, capitão João Batista Afonso, algumas paredes do apartamento estão rachadas e precisam de reforço. “O bloco vai permanecer interditado até que sejam feitas intervenções na rede hidráulica, elétrica e de gás. Só depois dessas obras e da análise do engenheiro os moradores poderão voltar”, destacou. Os moradores estão alocados na casa de parentes.
Moradores fora de casa
Enquanto aguardam laudos e a definição sobre quem arcará com os custos, os moradores do bloco interditado estão hospedados em casas de parentes e amigos. “O seguro não cobre hotel, porque foi acidente, nada planejado”, explicou a síndica. Para amenizar as dificuldades, o condomínio disponibilizou água de outros blocos e um banheiro coletivo para os moradores do 1B.
O apartamento onde ocorreu a explosão era alugado. A moradora de 22 anos, que estava no local no momento do acidente, segue internada em estado grave no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com aproximadamente 85% do corpo queimado.