Entenda o “motivo fútil” por trás da condenação de idoso que matou o próprio filho em MG
Caso aconteceu em João Pinheiro, em agosto de 2024, o condenado pelo crime recebeu pena de 30 anos
Conflitos constantes dentro de casa, agravados pelo consumo de álcool e drogas, além de uma discussão horas antes do crime, estão entre os fatores que ajudaram a embasar a condenação de Arlindo Pereira de Lima, de 76 anos, a 30 anos de prisão pelo assassinato do filho, Renato Borges Pereira, de 34 anos, em João Pinheiro. O crime ocorreu em agosto de 2024, no bairro Ruralminas.
O Ministério Público argumentou que o crime foi cometido por motivo fútil – uma briga entre os envolvidos – e que a vítima não teve chance de se defender. A tese foi aceita pelos jurados. A defesa alegou legítima defesa, dizendo que Arlindo teria reagido a uma agressão do filho, mas o argumento não foi acolhido pelo júri.

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Entenda o caso
Uma perícia técnica confirmou que o homicídio aconteceu dentro da casa, sem sinais de arrombamento. Manchas de sangue na porta do quarto do acusado reforçaram a suspeita de que pai e filho estavam sozinhos no imóvel no momento do ataque. A versão inicial de Arlindo, de que um terceiro teria chamado a vítima no portão, foi descartada.
Durante o julgamento, testemunhas relataram que a convivência entre os dois era conturbada. A filha do réu afirmou que o ambiente familiar era marcado por episódios de agressividade e que o pai já havia cometido outros atos violentos. Um primo da vítima relatou ter presenciado uma discussão horas antes do assassinato.
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O réu cumprirá a pena em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.