Entenda como o vazamento de monóxido de carbono matou mãe e filha em apartamento no RJ
Lidiane Lorenço e a filha Miana Sophya foram encontradas sem vida no apartamento em que moravam; perícia identificou irregularidades em instalação de gás
A modelo Lidiane Aline Lorenço, de 33 anos, e sua filha Miana Sophya Santos, de 15, foram encontradas mortas no dia 10 de outubro em um apartamento na Praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O laudo pericial revelou que a causa das mortes foi intoxicação por gás monóxido de carbono. A investigação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro também constatou irregularidades nas instalações de gás do imóvel.
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Segundo o relatório, os corpos foram descobertos após vizinhos sentirem forte odor no apartamento e acionarem o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.
A porta foi arrombada e a filha foi encontrada na sala, enquanto a mãe estava no quarto. A perícia não encontrou sinais de arrombamento ou de violência, mas verificou que havia instalação de gás mal feita ou ventilação inadequada, o que levou à produção de monóxido de carbono e à intoxicação fatal.
Monóxido de carbono
O monóxido de carbono (CO) é um gás incolor e inodor, produzido pela combustão incompleta de combustíveis como gás, lenha ou carvão, que se liga à hemoglobina no sangue, impedindo o transporte de oxigênio aos órgãos vitais. Em níveis elevados, pode levar a falência respiratória, convulsões ou morte súbita.
A permanência prolongada em ambiente contaminado costuma agravar o quadro, sendo comum a vítima perder consciência antes mesmo de perceber o perigo.
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Especialistas alertam que ambientes fechados com aquecedores, fogões a gás, lareiras, geradores ou chaminés obstruídas são focos de risco para o acúmulo de CO. No caso da modelo e da filha, a perícia apontou ventilação deficiente e instalação de gás irregular como fatores que contribuíram para a tragédia.
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As duas residiam no Rio havia alguns anos. Lidiane, natural de Santa Cecília (SC), conciliava carreira de modelo e estudos de medicina, e a filha havia se mudado recentemente para acompanhar a mãe.
Familiares afirmaram que ambas estavam bem poucos dias antes. O laudo não conseguiu definir com precisão a hora da morte, somente a causa.
Com o caso, se reforça a importância de medidas simples de prevenção: manter ventilação adequada, revisar periodicamente aparelhos de gás, instalar detectores de monóxido de carbono e estar atento a sintomas como dor de cabeça, tontura, náuseas ou sonolência, que podem indicar intoxicação.
O inquérito da polícia permanece em andamento para apurar responsabilidades e especificar quem era responsável pela manutenção da instalação. As circunstâncias sobre quem instalou ou autorizou o uso do sistema de gás ainda serão esclarecidas.