Enchentes no Texas deixam mais de 100 mortos e 161 desaparecidos
Governo local é pressionado a explicar sobre falhas e atraso nos alertas de emergência antes das inundações
Pelo menos 109 pessoas morreram e ao menos 161 seguem desaparecidas após as enchentes que atingiram a região central do Texas, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (4). As chuvas provocaram inundações repentinas especialmente na região de Texas Hill Country, onde equipes de resgate ainda continuaram atuando nesta terça-feira (8), agora com foco na busca por corpos.
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O governador do estado, Greg Abbott, confirmou os números em coletiva nesta terça-feira (8), realizada no condado de Kerr — o mais atingido, com 87 mortos, sendo 56 adultos e 30 crianças. Dezenove vítimas adultas e sete crianças ainda não foram identificadas, segundo o xerife Larry Leitha.
A situação é dramática no acampamento cristão Camp Mystic, às margens do rio Guadalupe, onde pelo menos 27 entre crianças e monitores morreram. Outras seis pessoas do local seguem desaparecidas. O acampamento está no centro da tragédia.
Quatro dias após o último resgate com vida, as autoridades reconhecem que a chance de encontrar sobreviventes é mínima.
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Cobrança por respostas
A tragédia levanta questões sobre a resposta oficial à emergência. Apesar de o Serviço Nacional de Meteorologia ter emitido um alerta de “enchentes com risco de morte” às 1h14 da madrugada do dia 4, o xerife Leitha afirmou só ter sido informado da gravidade da situação entre 4h e 5h da manhã.
Durante a coletiva, as autoridades locais evitaram responder diretamente sobre eventuais falhas no sistema de alertas à população. Leitha foi questionado sobre a atuação da Defesa Civil local, mas respondeu que “isso não é prioridade neste momento”, reforçando que o foco está na localização das vítimas e comunicação com as famílias.
“Não é só apertar um botão”, disse o xerife, ao ser pressionado por jornalistas. O tenente-coronel Ben Baker, dos Guardas Florestais do Texas, também evitou responder sobre as notificações de emergência.
“Entendemos que vocês têm muitas perguntas, mas nossa prioridade agora é trazer essas pessoas para casa”, afirmou.
Com informações de NBC News
