Em apenas três dias, dois acidentes são registrados no pontilhão da BR-365, em Uberlândia
Justiça Federal pediu que a empresa responsável pelo pontilhão realizasse obras no local; prazo acabou na segunda-feira (9)
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Um caminhão com uma máquina agrícola ficou preso no pontilhão da BR-365, na tarde desta quinta-feira (12), entre os bairros Alvorada e Residencial Integração, em Uberlândia. O local, que tem limite de altura de 4,5 metros, já é conhecido por recorrentemente enfrentar problemas desse tipo.
O ocorrido foi registrado em vídeo por motoristas que passavam pelo local e foram surpreendidos pelo congestionamento. Confira abaixo:
Segundo a PRF, o local ficou interditado por pouco tempo. Às 14h52 o trânsito foi liberado, após murcharem os pneus e o caminhão conseguir passar pelo local.
Histórico de colisões
Ainda na segunda-feira (9), o local também foi palco de um acidente entre outros dois caminhões. O caso aconteceu no dia em que finalizou o prazo determinado pela Justiça Federal para que a empresa responsável pela linha férrea realizasse obras estruturais no local.
Quase duas semanas antes, uma carreta carregada com contêineres se envolveu em uma batida no local. O veículo ficou preso ao tentar passar pelo pontilhão e engatou na estrutura. O motorista não sofreu ferimentos, mas os destroços ficaram espalhados pela pista e afetaram o trânsito.
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Determinação da Justiça Federal ignorada
A Justiça Federal deu seis meses para a empresa Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (administrada pela VLI Logística) intervir no pontilhão da BR-365, com obras estruturais. Até o dia 9 de junho, no qual o prazo foi finalizado, a empresa responsável não realizou nenhuma obra ou apresentou o projeto técnico exigido pela decisão.
O procurador da República Cléber Eustáquio solicitou à 2ª Vara Federal que a empresa seja novamente comunicada sobre a necessidade de cumprir a decisão judicial.
Segundo Eustáquio, a petição que pede a cobrança de cumprimento está conclusa para despacho. Isto quer dizer que o Ministério Público Federal já protocolou o pedido formal para que a justiça cobre o cumprimento da decisão judicial por parte da empresa.
Caso a VLI não tome providências, ela poderá pagar multas e até ter recursos bloqueados judicialmente para que outro órgão execute o serviço, em casos mais extremos.