Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento: lagos e represas lideram mortes na região

De 2020 a julho de 2025, o Corpo de Bombeiros registrou 66 afogamentos, sendo 2020 o ano com mais casos, com 19 ocorrências

, em Uberlândia

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Nesta sexta-feira (25) é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2021. Nesta data, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) realizará ações de conscientização com objetivo chamar a atenção para um problema que segue preocupante na região de Uberlândia, Araguari e Tupaciguara, onde afogamentos em lagos e represas têm liderado as estatísticas de mortes pela ocorrência.

Segundo dados do Painel de Ocorrências do Corpo de Bombeiros, atualizados até 21 de julho, a região já contabiliza 13 casos de afogamento de 2024 e 2025 até o momento, sendo 9 casos em 2024 e 4 registros em 2025. Dezembro de 2024 foi o mês mais crítico dentro do período, com 5 mortes, seguido por abril com 3 e fevereiro de 2025, com 2 casos.

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Corpo de Bombeiros reforça conscientização sobre afogamentos no Dia Mundial de Prevenção ao afogamento, diante de números alarmantes em Uberlândia e região
Corpo de Bombeiros reforça conscientização sobre afogamentos no Dia Mundial de Prevenção, diante de números alarmantes – Crédito: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Número se mantém alto nos últimos anos

Entre 2020 e até julho de 2025, o Corpo de Bombeiros registrou 66 ocorrências, o pico foi em 2020, o ano com mais registros de afogamento, contabilizando 19 casos em um único ano, seguido por 16 em 2021 e 13 em 2022. Considerando os meses mais perigosos,  junho de 2021 registrou 6 casos e março de 2022 repetiu a mesma quantidade de mortes por afogamento em um único mês.

Em 2023, o número reduziu drásticamente, caindo para 5 mortes no ano todo. Já em 2024, o cenário teve novamente uma alta de 9 afogamentos com 6 mortes apenas entre setembro e dezembro.

Entre 2020 e julho de 2025, o Corpo de Bombeiros registrou 66 afogamentos, com pico em 2020, ano que somou 19 casos.
Entre 2020 e julho de 2025, o Corpo de Bombeiros registrou 66 afogamentos, com pico em 2020, ano que somou 19 casos. – Crédito: CBMMG/Divulgação

Considerando 2025, até agora, o número parcial é de 4 casos registrados até dia 21 de julho. No entanto, o Paranaiba Mais noticiou outro afogamento no dia 23 de julho, quando um homem de 45 anos morreu afogado em uma propriedade rural às margens da BR-365, em Uberlândia.

Locais mais perigosos

Segundo a classificação por tipo de ambiente, os lagos, lagoas e represas concentram a maioria dos incidentes, com oito registros entre 2024 e 2025. As piscinas e cachoeiras aparecem na sequência, com duas ocorrências cada, enquanto um caso foi registrado em “outros locais”.

No total, entre 2020 e 2024, lagos, represas, cachoeiras e rios concentraram 54 casos. A análise dos bombeiros revela ainda que os meses de calor e férias concentram os maiores índices, refletindo o aumento da procura por balneários naturais.

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Dicas de segurança para prevenir tragédias

Para marcar o Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, o CBMMG deixa algumas recomendações:

Evite riscos ao entrar na água

  • Nade somente em locais autorizados ou com vigilância;
  • Respeite placas de sinalização e evite águas turvas e de correnteza forte;
  • Nunca nade sozinho ou sob efeito de álcool.

Atenção redobrada com crianças

  • Mantenha vigilância constante e jamais confie apenas em bóias;
  • Crianças devem estar sempre próximas a um adulto atento.

Em situações de perigo

  • Não tente salvar alguém sem preparo, jogue flutuadores ou acione o socorro;
  • Use sempre coletes em embarcações e respeite a capacidade do barco.

Prevenção como prioridade institucional

As ações integram o Plano de Comando do CBMMG, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e com foco na redução de desastres e proteção à vida. O plano reforça a importância da educação preventiva e da atuação eficiente nos atendimentos, especialmente durante períodos de maior risco como feriados e férias escolares.

A corporação reforça ainda recomendações simples que podem evitar tragédias, como evitar o consumo de álcool antes de entrar na água, não nadar sozinho, respeitar sinalizações e, principalmente, supervisionar crianças o tempo todo.