Currículo falso? USP e PUC desmentem formação acadêmica de empresário preso por matar gari
Nas redes sociais, Renê da Silva Nogueira Júnior alegava ter mestrado e MBA nas instituições; empresário preso por matar gari está no Presídio de Caeté
A Universidade de São Paulo (USP) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) negaram vínculo com o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, suspeito de matar um gari em briga de trânsito em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pelas instituições ao portal O Tempo.
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Nas redes sociais, Nogueira Júnior alegava ter mestrado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da USP. No entanto, a assessoria de imprensa da instituição informou que o suspeito não fez mestrado na faculdade que fica em Piracicaba (SP).
A PUC Rio também negou vínculo com Renê da Silva. A instituição afirmou que não encontrou registros de que ele tivesse feito graduação ou Master of Business Administration (MBA) na faculdade.
O Paranaíba Mais entrou em contato com ambas as instituições e aguarda retorno.
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No LinkedIn, o homem preso por matar o gari Laudemir de Souza Fernandes ainda alega ter formações acadêmicas na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ibmec, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Harvard Business School.
Relembre o crime
- O crime aconteceu na última segunda-feira (11), no bairro Caiçara, em BH;
- Laudemir trabalhava na coleta de lixo quando o empresário se irritou com a passagem do caminhão em rua estreita;
- Testemunhas disseram que Renê ameaçou “atirar na cara” da motorista do veículo;
- Ao tentar defender a colega, o gari foi atingido por disparo na região torácica;
- A vítima foi socorrida, mas morreu por hemorragia interna no Hospital Santa Rita, em Contagem;
- Renê fugiu do local e foi localizado horas depois, treinando em uma academia de alto padrão no bairro Estoril.
Empresário já matou mulher atropelada
Segundo o portal R7, Renê da Silva Nogueira Júnior atropelou uma mulher de 50 anos no bairro Recreio dos Bandeirantes, na capital fluminense, em 2011. A mulher foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Ele foi acusado de homicídio culposo por dirigir em alta velocidade.
Antes disso, o empresário já tinha sido encaminhado ao juizado especial criminal por agredir uma mulher em 2003. Dois anos depois, se envolveu em um caso de violência doméstica contra a sua ex-noiva.
Em 2021, ele foi investigado novamente por violência doméstica, mas em outro caso. Desta vez, Renê da Silva teria ameaçado e causado lesões corporais graves em sua ex-esposa.