Homem condenado por quebrar relógio no Planalto deixa prisão em Uberlândia sem tornozeleira

Antônio Cláudio Alves Ferreira cumprirá pena em regime semiaberto, mas sem o equipamento eletrônico, em falta no Estado

, em Uberlândia

-

Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão pelos atos de vandalismo durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, foi autorizado a deixar o sistema prisional em Uberlândia. Ele cumprirá a pena em regime semiaberto, mas até o momento, sem tornozeleira eletrônica, por falta do equipamento no estado. O homem estava preso desde janeiro de 2023.

Homem que destruiu peça do século XVII no 8 de janeiro está em regime semiaberto, mas sem monitoramento eletrônico – Crédito: Reprodução

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o réu foi incluído na lista de espera para receber o dispositivo de monitoramento, mas a escassez de tornozeleiras impossibilita a aplicação imediata. Enquanto isso, a determinação é que permaneça em sua residência, localizada em Uberlândia, sem poder sair da cidade.

A decisão judicial também prevê que ele só poderá sair de casa se apresentar uma proposta formal de trabalho e tiver autorização prévia da Justiça para exercer a atividade. Até lá, deve seguir em confinamento domiciliar, sem exceções.

×

Leia Mais

Ferreira ficou conhecido nacionalmente por aparecer em imagens quebrando um relógio histórico no Palácio do Planalto durante a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília. A peça, datada do século XVII, fazia parte do acervo oficial e havia sido trazida ao Brasil por Dom João VI. Construída com materiais raros como casco de tartaruga e liga metálica extinta, a obra foi enviada à Suíça para restauração e retornou ao Planalto no início de 2025.

Em junho de 2024, o Supremo Tribunal Federal condenou Ferreira por crimes como tentativa de golpe de Estado, associação criminosa, dano ao patrimônio público e atentado contra o Estado Democrático de Direito. A pena total somou 17 anos de reclusão.

* Com informações de Arthur de Vitto