Caso Vitória: depoimento de testemunha e família levantam dúvidas sobre confissão de Maicol
Novo relato aponta gritos antes do crime, e parentes questionam se suspeito agiu sozinho
Uma testemunha trouxe novas informações ao “Caso Vitória” ao afirmar que ouviu gritos de “me solta”, possivelmente da jovem Vitória Regina de Sousa, 17 anos, antes de ela ser assassinada em Cajamar (SP). O relato diverge da confissão de Maicol Antonio Sales dos Santos, que disse à polícia que a adolescente não reagiu ao ser atacada com facadas no pescoço, tórax e rosto, desmaiando em seguida.
O corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área de mata, após seu desaparecimento em 26 de fevereiro.
Fabio Costa, advogado da família, afirmou que o depoimento de Maicol pode não refletir os fatos reais, sugerindo que ele busca reduzir sua responsabilidade no crime. A testemunha, cuja identidade não foi divulgada, adiciona um elemento que está sendo analisado pela investigação.
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No programa “Hoje em Dia”, exibido às 11h10 desta quarta (19), a família de Vitória compartilhou suas impressões. Carlos Alberto, pai da jovem, disse: “Não acredito que ele tenha feito tudo sozinho, como transportar o corpo e cavar a cova”.
Wanessa, irmã da vítima, complementou: “Ele tinha uma fixação por ela, isso não parece algo de momento”. Apesar do acolhimento da comunidade de Cajamar, os parentes expressaram o desejo de deixar a cidade.
Detalhes da investigação
Maicol confessou o assassinato na madrugada de terça (18), alegando que matou Vitória por vingança, com uma faca, após ela ameaçar revelar à esposa dele um suposto relacionamento anterior.
Segundo seu relato, ele a abordou no caminho para casa, após ela descer do ônibus, e a atacou dentro do carro. Depois, levou o corpo no porta-malas até sua residência, pegou uma enxada e o enterrou na mata. Ele negou ter raspado o cabelo da vítima, encontrado cortado, e disse que descartou a faca em um rio.
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A esposa de Maicol contestou o álibi, afirmando que não estava com ele na noite do crime. No celular do suspeito, a polícia encontrou fotos de Vitória, capturas de suas redes sociais e imagens de armas, o que sugere um interesse prolongado pela jovem. A reconstituição do crime, realizada na terça (18), está sendo avaliada para esclarecer os fatos.
A investigação segue em andamento, e a polícia ainda analisa se há outros envolvidos. A família e a população local aguardam respostas definitivas.
