Caso Clara Maria: nova audiência tem pedido de insanidade mental para acusado

Na segunda audiência de instrução e julgamento, a defesa de Thiago Sampaio solicita análise de sanidade; Lucas Rodrigues Pimentel permanece em silêncio

, em Uberlândia

A segunda audiência de instrução e julgamento do caso Clara Maria Venâncio ocorreu nesta terça-feira (12) no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, presidida pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza. Os réus, Thiago Schafer Sampaio, 27, e Lucas Rodrigues Pimentel, 29, acusados de matar e concretar o corpo da jovem de 21 anos, participaram de forma virtual, já que estão presos preventivamente desde 12 de março.

Thiago Sampaio respondeu apenas às perguntas do advogado de defesa, que aproveitou para solicitar a instauração de incidente de insanidade mental, alegando possíveis sinais de comprometimento psicológico apontados por testemunhas e pelo próprio acusado. Lucas Pimentel optou por permanecer em silêncio durante todo o interrogatório.

A defesa de Lucas Pimentel solicitou que, caso o pedido seja aceito, o processo não seja desmembrado para evitar prejuízo à sua estratégia jurídica. A juíza determinou que o Ministério Público se manifeste até o dia 18 de agosto.

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Universitário e pai de família: quem são os assassinos de Clara Maria Venâncio?
Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel são acusados de matar Clara Maria – Crédito: Record/Reprodução

Primeira audiência não chegou a ouvir acusados

A primeira audiência do caso Clara Maria, realizada em 3 de julho, não chegou a interrogar os réus. Na ocasião, foram ouvidas todas as testemunhas de acusação e parte das de defesa, incluindo uma psicóloga e uma psiquiatra que já atenderam Thiago Sampaio.

O crime, que chocou a capital mineira, ocorreu na noite de 9 de março. Clara Maria Venâncio Rodrigues desapareceu após combinar de encontrar Thiago, ex-colega de trabalho, para cobrar uma dívida de R$ 400. Três dias depois, o corpo dela foi encontrado enterrado e coberto por concreto nos fundos da casa dele, no bairro Ouro Preto, região da Pampulha em Belo Horizonte.

Clara Maria, uberlandense morta em BH à esquerda. À direita, local no qual o corpo foi encontrado soterrado sob concreto.
Clara MariaVenâncio era natural de Uberlândia – Crédito: Redes Sociais/Reprodução

Acusação e motivação do crime

Thiago Sampaio confessou ter matado Clara Maria usando um golpe conhecido como “mata-leão”. Segundo as investigações, o companheiro ajudou a ocultar o corpo. A Polícia Civil descreveu o comportamento dos acusados como “desviante e sádico” e apontou dois possíveis motivos: ciúmes de Thiago após ver a vítima com o namorado e desavença entre Lucas e Clara Maria por ele ter feito apologia ao nazismo em um encontro anterior.

Os dois respondem por homicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver. O julgamento segue em andamento, com novas etapas processuais previstas para os próximos meses.