Brasileira acusada de matar cinco filhos em Minas é presa em Portugal após alerta da Interpol

Gisele Oliveira, de 40 anos, foi presa nesta terça-feira (5), em Coimbra, Portugal, por suspeita de ter envenenado cinco filhos ao longo de 15 anos, em Timôteo, Minas Gerais. O caso vinha sendo investigado pela Polícia Civil com o apoio da Interpol e da Europol. Ela estava foragida desde o início de 2024, após a emissão de um mandado de captura internacional. Segundo a imprensa portuguesa, a suspeita vivia discretamente desde maio com um companheiro, também brasileiro, que trabalha na construção civil.

Crimes aconteceram entre 2008 e 2023

As investigações apontam que os envenenamentos ocorreram entre 2008 e 2023, todos com o mesmo padrão. As crianças, cujas idades não foram divulgadas, teriam ingerido altas doses de sedativos durante a noite, o que levou a complicações de saúde fatais. Inicialmente, as mortes foram tratadas como naturais.

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Dois filhos morreram em 2010, outros dois em 2019 e o último caso ocorreu em 2023. Os crimes aconteceram no estado de Minas Gerais em Timôteo, na residência onde Gisele Oliveira vivia com as crianças.

Denúncia partiu da avó das vítimas

O ponto de virada nas investigações foi a denúncia da própria mãe da mulher, avó das vítimas. Desconfiada da recorrência e das circunstâncias das mortes, ela procurou as autoridades brasileiras, o que levou à reabertura do caso. Com base em novas provas reunidas pela Polícia Civil, a Justiça brasileira emitiu a ordem de prisão. Ao tomar conhecimento da denúncia e das investigações em curso, Gisele Oliveira fugiu do país.

Acusada de matar cinco filhos pode pagar pena de 154 anos

A suspeita foi localizada pela Unidade de Informação Criminal da Polícia Judiciária de Portugal e resistiu à prisão no momento da abordagem, mas acabou detida. Nesta quarta-feira (6), ela deve comparecer ao Tribunal da Relação de Coimbra, que decidirá as medidas cautelares enquanto o processo de extradição para o Brasil é avaliado.

Caso condenada por todos os crimes, Gisele Oliveira poderá cumprir uma pena acumulada de até 154 anos de prisão. A Justiça brasileira aguarda o trâmite da extradição para dar continuidade ao julgamento.