BR-153 tem dois acidentes com cargas químicas em menos de 20 dias; entenda os riscos
Acidente com veículo carregado de GLP mobiliza bombeiros e força-tarefa ambiental; motorista foi socorrido e encaminhado ao hospital
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Em menos de um mês, dois acidentes com cargas químicas foram registrados na BR-153, em Centralina, no Triângulo Mineiro. O caso mais recente ocorreu na manhã desta terça-feira (1), por volta das 6h, no km 22, sentido Itumbiara (GO). Uma carreta carregada com gás de cozinha (GLP) tombou fora da pista após o motorista perder o controle do veículo por motivos ainda não esclarecidos.

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O condutor teve ferimentos moderados e foi socorrido pela equipe médica da Triunfo Concebra, sendo encaminhado ao Hospital São Marcos, em Itumbiara. Como o veículo transportava produto inflamável, o Corpo de Bombeiros e uma equipe da Ambipar, especializada em emergências químicas, foram mobilizados para avaliar riscos e realizar o transbordo da carga com segurança.
A carreta está fora da pista, sem impacto no tráfego. A interdição total da via para o destombamento só deve ocorrer após a conclusão do transbordo, ainda sem horário definido.
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Caso semelhante
O episódio acontece pouco mais de duas semanas após outro tombamento envolvendo carga perigosa no mesmo trecho. No dia 15 de junho, um caminhão com soda cáustica tombou no km 12 da BR-153, bloqueando a rodovia por várias horas. O motorista ficou preso nas ferragens, mas foi resgatado com ferimentos leves.
Nos dois casos, equipes da Triunfo Concebra, Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros e técnicos da Ambipar atuaram na contenção dos riscos e segurança da operação.
Riscos
Segundo o Corpo de Bombeiros, acidentes envolvendo cargas perigosas como GLP (gás liquefeito de petróleo) ou soda cáustica representam alto risco de explosões, intoxicação e contaminação ambiental.
Mesmo sem vazamento visível, o simples tombamento de um caminhão com substância inflamável ou corrosiva exige protocolos rigorosos de contenção e remoção. Por isso, locais de acidente precisam ser isolados, e qualquer fagulha pode representar risco de ignição.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) alerta que o transporte de produtos perigosos deve seguir normas rígidas, como rotulagem adequada, treinamento específico para os motoristas e a presença de equipamentos de emergência nos veículos.
Em caso de acidente, além da segurança do condutor e de outros motoristas, há também a preocupação com o impacto ambiental, sobretudo em áreas próximas a rios, áreas agrícolas ou zonas urbanas.