Bebê que morreu afogada em piscina de casa é velada em Uberlândia
Pais foram detidos, ouvidos pela delegada e liberados em seguida
O corpo da bebê que morreu afogada na piscina de casa, no bairro Carajás, em Uberlândia, é velado na tarde desta segunda-feira (24).
O afogamento aconteceu no domingo (23). A criança, de sete meses, deu entrada na UAI Pampulha, por volta das 15h30, com parada cardíaca. Diante do estado grave da vítima, ela foi transferida para o Pronto Socorro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU).
Infelizmente, a bebê não resistiu e morreu na unidade.

Confraternização na casa da família
De acordo com o registro policial, aconteceu uma confraternização na casa da família horas antes do fato.
Na versão do pai da bebê, depois que os convidados foram embora, ele foi para o quarto. Momentos depois, quando o homem voltou para área externa, viu a filha caída na piscina.
Ele relatou ter retirado a bebê da piscina e feito os procedimentos de primeiros socorros. Em seguida, o pai levou a criança para a UAI Pampulha.
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Já na versão da mãe da menina à PM, ela disse que depois da festa se deitou com a filha na varanda, em um tapete.
A mulher disse que a criança adormeceu primeiro e ela dormiu logo depois. A mãe foi acordada com os gritos do marido ao ver a filha na piscina.
O pai da bebê relatou não ter feito uso de bebida alcoólica durante a confraternização, já a mãe disse ter tomado quatro latas de cerveja.
Segundo a PM, ambos se recusaram a fazer o teste de alcoolemia.

Socorro à vítima
A equipe médica da UAI Pampulha relatou à PM que a bebê deu entrada na unidade em estado grave.
Após os primeiros socorros à criança, ela foi transferida ao HC-UFU por um veículo de urgência e emergência.
Apesar dos esforços, a bebê não resistiu e morreu.
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Vestígios de negligência
No boletim de ocorrências, a PM descreve que foram encontradas latas de cerveja e itens que demonstram que houve um churrasco no local.
Além disso, os militares encontraram uma coberta no chão e uma naninha de bebê na piscina, além de uma fralda descartável enxarcada.
Os policiais ouviram um vizinho que relatou ter ouvido gritos de desespero do casal por volta das 17h40. A testemunha disse que escutou os pais saindo rapidamente em um carro e, após 15 minutos, o pai retornou sozinho e parecia transtornado com a situação.
Polícia Civil vai investigar
A Polícia Militar relatou uma possível situação de negligência, por isso o casal foi detido e conduzido até a delegacia de Polícia Civil.
Em nota, a delegada Gabriela Damasceno, que estava no plantão, disse que ouviu o casal durante a madrugada e o liberou, por razões de humanidade, para que possam velar e sepultar a criança. Não houve autuação e eles não ficaram presos.
Em nota, a Delegacia de Polícia informou que instaurou inquérito para apurar o ocorrido.