Avião que caiu no Pantanal só podia voar de dia e não tinha autorização para táxi aéreo
Aeronave caiu na noite desta terça-feira (23) e deixou quatro mortos, dentre eles, o arquiteto chinês Kongjian Yu, de 62 anos
A aeronave de pequeno porte que caiu no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, na noite desta terça-feira (23), estava autorizada para voar apenas durante o dia e não tinha permissão para táxi aéreo, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). De modelo Cessna 175, o avião foi fabricado em 1958 e era de propriedade do piloto Marcelo Pereira de Barros, que morreu no acidente.
A queda do avião aconteceu na zona rural de Aquidauana, cerca de 146 quilômetros de Campo Grande, e deixou mais três mortos além do piloto. Dentre eles, estava o arquiteto e paisagista chinês Kongjian Yu, de 62 anos, conhecido mundialmente por criar o conceito de “cidades-esponja”, além de dois documentaristas brasileiros.
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Ainda segundos dados da ANAC, o avião operava sob a chamada VRF Diurno (Regras de Voo Visual durante o dia). Neste caso, o piloto precisa manter contato visual com o solo e usar o horizonte como referência para se orientar no trajeto.
Registrada na categoria de “serviços aéreos privados”, o monomotor possuía quatro assentos, sendo três para passageiros e um para o piloto. A aeronave foi comprada pelo proprietário em 9 de março de 2015.
O Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA), ocumento que comprova que o avião está em condições seguras para voar e conforme as normas e regulamentos da aviação civil brasileira, estava em dia. A validade do CVA expiraria no dia 9 de dezembro deste ano.
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Quem era Kongjian Yu, passageiro do avião que caiu no Pantanal
Kongjian Yu era considerado um dos maiores arquitetos paisagistas do mundo e referência em urbanismo sustentável. Conhecido como o “pai das cidades-esponja”, Yu era professor da Universidade de Pequim e diretor do escritório Turenscape, um dos maiores do setor, fundado em 1998.
O arquiteto estava no Brasil para participar da Bienal de Arquitetura e seguiu em missão ao Pantanal sul-mato-grossense, onde gravava um documentário sobre soluções urbanas inovadoras.
Quem são as outras vítimas do acidente?
- Marcelo Pereira de Barros, piloto e proprietário da aeronave;
- Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, cineasta documentarista;
- Rubens Crispim Jr., diretor e documentarista.
Os profissionais trabalhavam juntos na produção de um documentário sobre as “cidades-esponja”.
