Atleta de Uberlândia que viveu tensão no Nepal chega nesta terça-feira (16) ao Brasil

A jogadora de vôlei Ana Flávia Mata Galvão, de Uberlândia, que estava no Nepal durante os protestos políticos e teve o hotel onde estava hospedada invadido, chegará no Brasil nesta terça-feira (16). A atleta já saiu do país e passou por uma conexão em Doha, no Catar. A informação foi confirmada ao Paranaíba Mais pelo namorado dela, Rafael Bose Vettorazzi.

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Segundo Rafael Vettorazzi, a atleta chegará no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 10h40. A previsão de chegada em Uberlândia é por volta das 16h.

Em suas redes sociais, Ana Flávia publicou uma foto no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha, nesta segunda-feira (15). Ela chegou no Nepal em 1º de setembro para integrar a equipe Nepal Karnali Yashvis, que também conta com outra mineira, Mayra Vitória Ferreira de Souza, de Belo Horizonte. O torneio começou no último dia 5 e estava previsto para encerrar no dia 13, mas os jogos foram cancelados devido à situação de instabilidade.

Atleta de Uberlândia relatou invasão em hotel

Ana Flávia estava hospedada em Pokhara, capital da região oeste do Nepal, onde teve o seu hotel invadido por manifestantes. Ela precisou subir ao rooftop do hotel para se proteger enquanto a confusão acontecia. “A gente decidiu sair do hotel por uma área que estava próxima ao rooftop, em uma área de mata. Inclusive, o pessoal do hotel ajudou bastante para nos guiar porque a gente não sabia como sair, já que os manifestantes estavam na recepção e pelo jardim não tinha como”, contou ela ao Paranaíba Mais.

A atleta, junto ao seu grupo, foi realocada para um hotel seguro na capital do país, Katmandu. O país passou a ter toque de recolher e a ser controlado pelo Exército.

Ana Flávia já passou por vários clubes brasileiros, entre eles o sub-20 do Praia Clube, e foi anunciada pelo time nepalês em agosto de 2025 para a temporada atual.

Protestos no Nepal

Os protestos começaram após o bloqueio de 26 plataformas de redes sociais pelo governo, medida que gerou revolta principalmente entre os jovens. Na última segunda-feira (8), manifestantes tentaram invadir o Parlamento em Katmandu, e na terça-feira incendiaram o prédio principal e residências de ministros. Entre os mortos está Rajyalaxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Jhala Nath Khanal.

O primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou. A ex-juíza-chefe Sushilha Karki foi escolhida para liderar o governo interino até uma nova eleição parlamentar.

Segundo as autoridades do Nepal, o número de mortos subiu para 72 e mais de 2 mil feridos.