Ataque a subestação deixou 5 mil pessoas sem energia elétrica em Uberlândia

Foram oito bairros afetados por conta de um ataque à subestação do Distrito Industrial para furto de fiação que não tem valor de revenda

, em Uberlândia

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Uma tentativa de furto de fiação na subestação do Distrito Industrial seria a causa da suspensão de fornecimento de energia elétrica para pelo menos 5 mil moradores e comerciantes das regiões leste e norte de Uberlândia, na tarde de segunda-feira (22).

Ninguém foi preso pelo ataque à subestação e, segundo a Cemig, os reparos podem custar R$ 8 mil. Os transtornos para quem ficou sem o fornecimento da eletricidade ainda tinham reflexos nesta terça-feira (23).

O circuito afetado fica na saída da subestatção. Os ladrões atacaram a estrutura de metal que faz a segurança da fiação subterrânea e passa para a rede aérea em um poste. A estrutura metálica foi destruída e os criminosos cortaram a fiação no alto do poste.

Estrutura que protegia fiação foi destruída e material foi cortado – Créditos: TV Paranaíba

Houve incêndio, mas não se sabe se causado por algum curto-circuito ou pelos próprios ladrões para a tentativa de furto.

“Derrubaram o circuito que alimenta oito bairros. Até acharmos o defeito e fazermos a transferência para outro alimentador, os clientes ficam sem energia”, explicou o gerente de Distribuição da Cemig, Cladston Santana.

Bairros como Marta Helena, Umuarama e Nossa Senhora das Graças não tiveram energia por cerca de 3 horas.

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Sem valor

Chama a atenção ainda o fato do tipo de fiação atacada não ter valor de mercado na revenda. “Vamos fazer uma manutenção em cabos que não têm valor de mercado, por serem de alumínio. É um trabalho de 1 dia e meio de concerto de circuito. Esses são cabos de utilidade só da Cemig, não tem valor agregado para venda, ninguém mais usa”, disse Santana.

Os custos para retomada da normalidade, contudo, são de R$ 8 mil para substituições de peças e de mão-de-obra.

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Dor de cabeça

O pior, acima de tudo, fica para quem depende do fornecimento da energia elétrica, seja para um serviço doméstico ou para atendimento de clientes. Uma floricultura e uma supermercado no bairro Umuarama tiveram dificuldade nas vendas, seja para registro, seja para manutenção de estoque.

“Nossas maquininhas de pagamento estavam carregadas e demos sorte. A gente poderia não ter como receber os pagamentos. Ficamos sem energia até umas 17h30, temos câmara fria para manutenção de flores, então ficamos com medo de perdas”, disse a sócia-proprietária Jéssica Portes.

Para o mercado, a situação ficou pior quando a anergia voltou, ao fim da tarde, pois com o sistema retomado, as vendas voltaram a ser feita por meio eletrônico, mas com grande lentidão. “Nessa hora recebemos muitos clientes, que reclamaram da demora”, explicou a operadora de caixa Giovana Eduarda.

Ainda nessa terça, ambos os comércios seguiram lançando vendas registradsas em papeis durante a falta de eletricidade.