Associação criminosa que aplicava golpe da cesta básica em Uberlândia é presa no DF
Grupo utilizava dados de vítimas idosas para abrir contas bancárias e contrair empréstimos; investigação revela atuação em Uberlândia e Distrito Federal
-
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desbancou uma organização criminosa especializada no chamado “golpe da cesta básica”. A ação ocorreu nesta terça-feira (25), durante a segunda fase da ‘Operação Apat’, resultando no cumprimento de quatro mandados de prisão e quatro de busca e apreensão em Samambaia, Recanto das Emas e Guará.
O grupo criminoso atuava enganando, principalmente, os idosos. Duas mulheres, se passando por funcionárias do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), visitavam as vítimas em suas residências, informando que elas haviam sido contempladas com uma cesta básica. No entanto, para a suposta entrega, coletavam dados pessoais e fotografias dos rostos das vítimas.
📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

De posse dessas informações, a quadrilha abria contas bancárias em nome das vítimas para contrair empréstimos e realizar transferências financeiras para contas de outros integrantes do grupo. Segundo as investigações, entre setembro e dezembro de 2024, o mesmo golpe foi aplicado em Uberlândia.
A primeira fase da ‘Operação Apate’, realizada em fevereiro, resultou na prisão de três mulheres, de 29, 31 e 27 anos, e dois homens, de 33 e 28 anos. Com o avanço das investigações, outros quatro integrantes foram identificados. Entre eles, um homem de 35 anos era responsável por adquirir as cestas básicas usadas no golpe e recebia pagamentos via Pix pelos serviços prestados.
Duas mulheres, de 31 e 39 anos, executavam a abordagem direta das vítimas, enquanto outro homem, de 37 anos, fornecia ao grupo dados pessoais e financeiros das pessoas alvos do golpe.
MAIS! “Operação Pisando em Falso” tira do mercado 725 pares de chinelos falsos em Uberlândia
Até o momento, apenas dois homens foram localizados e presos na segunda fase da operação. Todos os investigados foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, com penas que variam de três a oito anos de prisão. Além disso, responderão por estelionato, crime cuja pena pode chegar a 10 anos de reclusão, em razão do envolvimento de vítimas idosas.
A PC/DF segue investigando o caso e busca identificar possíveis novas vítimas e outros integrantes do grupo.
A Prefeitura de Uberlândia, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Diretoria de Proteção Social à Família, esclareceu em nota ao Paranaíba Mais que os técnicos dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município não realizam visitas domiciliares com o objetivo de arrecadar alimentos ou outros itens. Além disso, em nenhuma circunstância solicitam fotos ou imagens pessoais dos atendidos para acesso aos serviços socioassistenciais.
A orientação é que, em caso de dúvidas, o munícipe entre em contato com a unidade do Cras mais próxima de sua residência. Clique aqui para conferir os endereços e telefones de todas as unidades.