Argentina e Paraguai reforçam fronteiras após megaoperação no Rio de Janeiro
Medida busca impedir fuga de integrantes do Comando Vermelho e do PCC após a operação mais letal da história do estado
Após a megaoperação no Rio de Janeiro, nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou mais de 120 mortos, os governos da Argentina e do Paraguai anunciaram reforço imediato na segurança das fronteiras com o Brasil. A medida tem o objetivo de impedir a entrada de integrantes do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC), que possam tentar escapar da repressão no território brasileiro.
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Na Argentina, o alerta foi determinado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que classificou as facções brasileiras como organizações narcoterroristas.
Segundo ela, o país está em “alerta máximo” e todos os brasileiros que cruzarem a fronteira serão submetidos a uma análise minuciosa, ainda que não tenham antecedentes criminais.
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“Vou colocar as fronteiras em alerta máximo para que não haja travessia de quem está claramente se deslocando do centro do conflito”, afirmou Bullrich, ressaltando que turistas não serão confundidos com criminosos.
O governo argentino informou ainda que 39 brasileiros ligados ao CV e ao PCC estão presos no país, sob vigilância e isolamento.
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No Paraguai, o Conselho de Defesa Nacional (Codena) determinou operações extraordinárias de vigilância e controle migratório desde a última terça-feira (28).
O país intensificou o patrulhamento em regiões de fronteira e a fiscalização de veículos, em parceria com autoridades brasileiras e argentinas. Segundo o governo paraguaio, o objetivo é evitar que criminosos fujam para o país após a ação no Rio de Janeiro.
A decisão dos países vizinhos foi tomada após alerta emitido pelo Comando Tripartite da Tríplice Fronteira, grupo que coordena a cooperação policial entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Com o reforço de fronteiras, Argentina e Paraguai buscam evitar que a violência e a presença das facções transbordem para além das fronteiras brasileiras, em uma demonstração de preocupação regional com o avanço do narcotráfico e do crime organizado.