Adolescente é apreendido por abuso sexual contra irmã de 8 anos, em Araxá
Mãe da vítima é suspeita de encobrir os crimes e de administrar medicação de forma abusiva na criança; laudo pericial confirma violência
-
Um adolescente de 16 anos foi apreendido em Araxá, suspeito de abusar sexualmente e agredir fisicamente a própria irmã, uma criança de 8 anos. O caso chegou à polícia após a vítima relatar os abusos com o apoio de uma tia, que a acompanhou até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Criança e Adolescente. Os exames de corpo de delito confirmaram a gravidade dos crimes. A menina foi afastada da mãe, que é suspeita de ter encoberto os abusos.

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp
Segundo o boletim de ocorrência, a tia da criança testemunhou um dos atos de violência sexual e imediatamente a retirou da residência onde ela convivia com o irmão adolescente, levando-a para prestar queixa.
Durante o atendimento, a menina passou por escuta especializada com uma psicóloga e uma assistente social, quando detalhou os abusos sofridos. As autoridades relataram, por meio do BO, que a vítima aparentava estar sob o efeito de forte medicação.
Leia Mais
Omissão de mãe em abuso sexual contra irmã
As investigações revelaram que já ouve denúncias anteriores dos mesmos crimes, mas que teriam sido abafadas pela mãe. Na ocasião, a justificativa dada foi de que a criança havia se machucado ao cair de bicicleta.
Diante das evidências e do risco iminente à integridade da vítima, a autoridade policial solicitou medidas protetivas urgentes. A criança foi encaminhada para acolhimento provisório, longe do ambiente de risco.
O adolescente de 16 anos foi apreendido e submetido à internação provisória. Ele e a mãe ainda serão ouvidos formalmente pela Polícia. O caso, que expõe uma série de violações de direitos dentro do ambiente familiar, segue sob investigação das delegacias especializadas.
Jovem de 16 anos é apreendido
Por ter 16 anos, o rapaz será processado conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e não pela Justiça comum. Isso significa que, mesmo pelo caso grave, ele não pode ser julgado como adulto nem cumprir pena em presídios convencionais.
Se condenado, o adolescente poderá receber medidas socioeducativas, como internação em unidade específica por até três anos, acompanhamento psicológico e programas de ressocialização.