Acusada da morte da família Monare, Stefânia Resende é condenada a 12 anos de prisão

Ré pode ser presa a qualquer momento depois da condenação pela morte da família Monare; juiz determinou cumprimento imediato da pena em regime fechado

, em Uberlândia

-

Stefania Andrade Resende, acusada pela morte da família Monare, na BR- 050, foi condenada a 12 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. O julgamento aconteceu entre a manhã e a tarde desta quarta-feira (24), no Fórum de Araguari, e a ré não participou do júri.

Os jurados acolheram a tese da defesa e a qualificadora, que diz respeito do recurso que dificultou a defesa da vítima, foi derrubada.

Ele deve cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado e com início imediato. Ou seja, Stefania Resende pode ser presa a qualquer momento. A acusada respondeu a todo o processo em liberdade.

Stefânia não foi ao Fórum em Araguari – Créditos: Redes Sociais

De acordo com a defesa da ré, ela não foi a Araguari por falta de condições de se deslocar de São Paulo, onde mora há três anos, para o Triângulo Mineiro. Ela estaria desempregada.
Um dos cinco advogado de defesa, Myqueias Balbino, disse que ainda precisa conversar com a cliente para saber se ela vai se entregar.

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

Recurso

O defensor, de qualquer maneira, pretende recorrer da decisão de primeira instância. “Pretendemos recorrer da dosimetria e estudamos a possibilidade de pedir a anulação do júri”, disse o advogado.
Ele salientou que em cerca de dois anos será possível pedir a progressão de regime, o que, se concedido poderá fazer com que a pena seja cumprida em regime semi-aberto, por exemplo.

Indenização

Foi determinado ainda uma indenização a ser paga por Stefania Resende no valor aproximado de R$ 300 mil por danos morais gerados à família Monare.

×

Leia Mais

O julgamento

O júri foi considerado rápido, durando cerca de seis horas. Não houve réplicas nem tréplicas entre defesa e acusação. Além disso, as nove testemunhas, sendo quatro de defesa e cinco acusação, foram dispensadas da sessão.

O crime

O acidente ocorreu no dia 7 outubro de 2018, quando o carro da família Monare foi atingido na traseira e arremessado para fora da pista, em área de difícil visualização. Três pessoas morreram, Alessandro e Belkis e filho mais velho do casal.

O filho mais novo, então com 6 anos, sobreviveu, passando 48 horas junto aos corpos dos familiares. Ele foi encontrado no dia 9 à beira da BR-050, após escalar o morro.

O sobrevivente não esteve em Araguari para o júri.