Vitória contra o sarampo: Brasil reconquista certificação internacional  

A vacinação, responsável por essa conquista, continua sendo a principal ferramenta de prevenção contra o sarampo 

, em Uberlândia

Nesta semana, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), devolveu ao Brasil o status de país livre do sarampo. A certificação havia sido retirada há cinco anos atrás, em 2019.  

De acordo com o Ministério da Saúde, o último registro de sarampo no Brasil aconteceu em junho de 2022, no Amapá. Dados da pasta indicam que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente.  

O último registro de sarampo no Brasil aconteceu em junho de 2022, no Amapá
O último registro de sarampo no Brasil aconteceu em junho de 2022, no Amapá – Crédito: Freepik

Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá. Nesse último registro, no Amapá, a data de início do exantema (erupções cutâneas) foi em 5 de junho. 

No decorrer de 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, porém, esses casos vieram de fora do país. O primeiro foi em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e o segundo em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra. 

O Ministério da Saúde define o sarampo como uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). “A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação”, ressalta a pasta. 

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Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo 

O sarampo pode ser evitado com duas doses de vacina
O sarampo pode ser evitado com duas doses de vacina – Crédito: Freepik

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, desde o ano 2000, vacinas contra o sarampo salvem cerca de cinco vidas por segundo. Mesmo assim, dados divulgados esta semana pela entidade apontam que, apenas em 2023, aproximadamente 10,3 milhões de casos da doença foram registrados em todo o planeta – 20% a mais que em 2022. 

Segundo a nota da OMS, a cobertura vacinal inadequada impulsiona o aumento de casos. “O sarampo pode ser evitado com duas doses; no entanto, mais de 22 milhões de crianças perderam a primeira dose em 2023. Globalmente, estima-se que 83% delas receberam a primeira dose no ano passado, enquanto apenas 74% receberam a segunda dose recomendada”, diz a nota.  

A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral, que está disponível gratuitamente nos postos de saúde do Brasil. A recomendação do Programa Nacional de Imunizações é que vacina seja aplicada em duas doses, aos 12 e aos 15 meses de idade.  

A OMS destaca a necessidade de uma cobertura vacinal de pelo menos 95% de ambas as doses em todos os países e territórios para prevenir surtos e para proteger a população de “um dos vírus humanos mais contagiosos em todo o mundo”. A vacina contra o sarampo, segundo a OMS, já salvou mais vidas ao longo dos últimos 50 anos que qualquer outro imunizante. 

O comunicado alerta que, como resultado de lacunas globais na cobertura vacinal, 57 países registaram surtos de sarampo em todas as regiões, exceto nas Américas – um aumento de quase 60% em relação aos 36 países identificados no ano anterior. África, Mediterrâneo Oriental, Europa, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental lideram o aumento substancial de casos, sendo que quase metade de todos os surtos ocorreu no continente africano. 

 

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