Vigilância Sanitária e PC interditam distribuidora após intoxicação do rapper Hungria

Operação apreendeu bebidas suspeitas de adulteração e o rapper segue internado em Brasília

, em Uberlândia

A Vigilância Sanitária e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) interditaram, nesta quinta-feira (2), uma distribuidora de bebidas em Vicente Pires, região administrativa do DF, após a suspeita de comercialização de bebidas adulteradas. A ação contou também com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Caso Hungria levou à interdição de distribuidora de bebidas suspeita de vender produtos adulterados – Crédito: @hungria_oficial/Redes Sociais

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Segundo as investigações, foi nesse estabelecimento que o rapper Hungria adquiriu garrafas de bebidas na noite anterior. O artista está internado no Hospital DF Star, em Brasília, com suspeita de intoxicação por metanol.

Durante a operação, os agentes apreenderam garrafas de vodka e whisky, que passarão por perícia para verificar a presença de metanol ou outros tipos de álcool impróprio para consumo. Além disso, as equipes constataram que a distribuidora não possuía licença de funcionamento junto ao governo do Distrito Federal.

A PCDF informou que novas diligências estão em andamento para esclarecer a origem e a distribuição dos produtos suspeitos. Vítimas e testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.

Intoxicação do rapper Hungria

Segundo o médico Leandro Machado, que acompanha o caso, Hungria deu entrada no hospital com quadro compatível com intoxicação pela substância. “Todos os exames laboratoriais indicam isso. Não tem ainda um exame que comprove o resultado, mas já foi coletado. Ele se encontra na UTI, pois, apesar de o estado ser estável, é um caso crítico e os médicos estão observando e fazendo exames. Ainda existe risco, por isso ele precisa desse cuidado mais intensivo”, afirmou em entrevista ao Balanço Geral Brasília.

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Emergência médica

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave. No organismo, a substância é metabolizada em compostos tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que podem causar danos irreversíveis e até a morte.

Entre os principais sintomas estão: visão turva ou perda da visão — que pode evoluir para cegueira —, além de náuseas, vômitos, dores abdominais, mal-estar generalizado e sudorese.

As autoridades reforçam a importância de procurar imediatamente atendimento médico em casos suspeitos e disponibilizam canais de emergência para orientação:

  • Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
  • CIATox da cidade para atendimento especializado
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 (ligação gratuita de todo o país)