Sorotipo 3 da Dengue cresce no Brasil e preocupa por risco de infecções múltiplas

A circulação do sorotipo 3 da dengue (DENV3) voltou a ocorrer no Brasil após 17 anos de baixa circulação, o que tem gerado grande preocupação. O vírus, que havia desaparecido por um longo período, começou a se espalhar com maior intensidade no final de 2024, afetando várias regiões do país.

O retorno alarma, pois muitas pessoas não desenvolveram imunidade contra o DENV3, já que ele não circulava significativamente desde 2008, aumentando o risco de infecções e complicações graves, como a dengue hemorrágica.

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Além disso, a circulação simultânea dos outros sorotipos (DENV1 e DENV2) eleva ainda mais o risco de infecções múltiplas, agravando o cenário.

O fato de grande parte da população não ter imunidade contra o DENV3 torna o país vulnerável a um possível surto, com um aumento no número de casos graves da doença.

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Nos últimos meses de 2024, os estados mais afetados pela circulação do DENV3 foram São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Dados do Ministério da Saúde indicam que o aumento da taxa de infecção foi mais evidente nas últimas semanas de dezembro de 2024.

• Amapá: o sorotipo DENV3 representou 31,8% dos casos de dengue, o maior percentual entre os estados, com um aumento considerável no final do ano.
• São Paulo: o estado de São Paulo registrou 28,7% dos casos relacionados ao DENV3, tornando-se uma das regiões mais afetadas.
• Minas Gerais: Em Minas, o DENV3 foi responsável por 18,2% dos casos de dengue, evidenciando um crescimento significativo.
• Paraná: o sorotipo DENV3 correspondeu a 9,3% dos casos de dengue, também mostrando um aumento substancial em relação aos anos anteriores.

Esses dados indicam que o DENV3 voltou a circular com força, principalmente em áreas que já enfrentavam altos índices de infecção. O avanço da doença é monitorado pelas autoridades, que alertam para a possibilidade de um aumento considerável no número de casos nos próximos meses.

Dengue no Brasil e em MG

Em 2025, o Brasil já contabilizou 12 mortes por dengue, segundo os dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (22). Há ainda 113 mortes em investigação e mais de 99 mil casos prováveis registrados até o momento.

Minas Gerais apresenta 9.325 casos prováveis de dengue (incluindo os casos notificados, exceto os descartados), dos quais 2.729 foram confirmados. Três óbitos estão em investigação. Em Uberlândia, até quarta-feira (22), o Painel de Monitoramento aponta 911 casos prováveis de dengue, com 1 óbitos sob investigação.

No que diz respeito ao vírus DENV3, Uberaba lidera a região e o estado com 53 casos de soropositivos circulantes, seguido por Belo Horizonte, com apenas três casos confirmados. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika.