Primeiro caso humano de febre amarela em 2025 é confirmado em São Paulo
Ocorrência foi na área rural de Socorro, região de Campinas; governo reforça vacinação em áreas de risco
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A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou o primeiro caso humano de febre amarela no estado em 2025. O paciente é um homem de 27 anos, residente na capital paulista, que esteve na área rural de Socorro, na região de Campinas, entre os dias 28 e 30 de dezembro de 2024.
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O caso foi identificado após o Instituto Adolfo Lutz também confirmar a morte de um macaco infectado na mesma região. Ao todo, nove casos de febre amarela em primatas já foram registrados no estado este ano, sendo sete na região de Ribeirão Preto, um em Pinhalzinho e outro em Socorro.
Macacos não transmitem a doença, mas sua infecção é um alerta sobre a circulação do vírus em áreas de mata. No ano passado, São Paulo registrou dois casos em humanos, um contraído no próprio estado e outro importado de Minas Gerais, que resultou em óbito.
Para evitar novos casos, o governo intensificou a vacinação em áreas de risco, disponibilizando doses em postos de saúde e enviando reforços para municípios com maior incidência, como Pinhalzinho e Socorro.
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Febre Amarela
A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos infectados, como o Haemagogus em áreas silvestres e, potencialmente, o Aedes aegypti em ambientes urbanos.
Os sintomas incluem febre súbita, calafrios, dores no corpo, náuseas e fraqueza. Em casos graves, pode haver icterícia, hemorragias e insuficiência de órgãos, com alta taxa de mortalidade.
Especialistas destacam que a vacinação é a principal medida de prevenção. A imunização está disponível gratuitamente e deve ser feita pelo menos dez dias antes de viagens a regiões de mata.
Desde 2020, o esquema vacinal foi simplificado para uma dose única para pessoas a partir de 5 anos, com reforço para crianças menores de 5 anos.
A Secretaria de Saúde reforça ainda que a população deve informar às autoridades sobre o avistamento de macacos mortos ou doentes, permitindo que as equipes de vigilância rastreiem focos do vírus.
Com as medidas em curso, o estado busca evitar a expansão dos casos e proteger tanto humanos quanto a fauna local.