Padre Fábio de Melo abre o coração sobre a depressão e revela: “Tristeza não é doença, mas às vezes é”

O religioso convive com a depressão desde a infância e faz uso de medicamentos para controle; saiba como identificar primeiros sinais da doença

, em Uberlândia

-

O Padre Fábio de Melo falou no último domingo (26), através das suas redes sociais, sobre sua luta contra a depressão. Em um vídeo postado no Instagram, o padre afirmou que mesmo em momentos felizes, ele se sentia triste.

“Quando vem a tristeza eu sou invadido pela convicção de que será definitiva”, afirmou.

Padre Fábio de Melo desabafa sobre luta contra depressão na internet - Crédito: Reprodução/ Instagram/ pefabiodemelo
Padre Fábio de Melo desabafa sobre luta contra depressão na internet – Crédito: Reprodução/ Instagram/ pefabiodemelo
×

Leia Mais

O desabafo foi por meio de um poema e no fim dele, Fábio afirmou que faz o uso de medicamentos para ‘curar da tristeza’:

“Este sou eu, um ser melancólico que, de vez em quando, adoece de tanta tristeza. Tristeza não é doença, eu sei, mas às vezes é. Quando sinto que está retirando a minha vontade de viver, preciso dar o meu cérebro um amparo químico, uma ajuda para que os excessos doentios voltem a ser excessos criativos. O grande desafio, minha gente, é chegar à medida exata. Curar a tristeza, mas sem que a medicação me roube a poesia”, desabafou.

 

Confira as últimas notícias de Uberlândia e região!

Como identificar os primeiros sinais de depressão?

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a depressão é considerada pela OMS como o “Mal do Século”, e vai além da tristeza comum. Trata-se de um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente, pessimismo, baixa autoestima e perda de interesse por atividades que antes proporcionavam prazer.

Além das alterações de humor ou irritabilidade, ansiedade e angústia a depressão possui diversos sinais e sintomas, que podem ser isolados ou somatizados. Os principais sintomas da depressão são:

  • irritabilidade, ansiedade e angústia;
  • desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
  • diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer ;
  • desinteresse, falta de motivação e apatia;
  • sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero e desamparo;
  • pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima;
  • sensação, inutilidade, ruína e fracasso;
  • interpretação distorcida e negativa da realidade;
  • dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
  • diminuição do desempenho sexual;
  • perda ou aumento do apetite e do peso;
  • insônia ou despertar matinal precoce;
  • dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos;

O tratamento envolve acompanhamento médico e terapêutico, com o uso de medicamentos e suporte psicológico conforme a necessidade de cada paciente. O apoio da família também é essencial para a recuperação, pois o isolamento social pode agravar o quadro. Estudos indicam que a depressão também provoca alterações fisiológicas, enfraquecendo o sistema imunológico e aumentando o risco de doenças cardiovasculares, inflamatórias e infecciosas.

📲 Siga o canal de notícias do Paranaíba Mais no WhatsApp

A depressão pode ser leve, moderada ou grave, dependendo da intensidade dos sintomas. O diagnóstico é feito por um médico psiquiatra, que avalia histórico pessoal e familiar, além de realizar exames complementares, se necessário. O tratamento pode incluir antidepressivos e psicoterapia, conforme o caso.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza atendimento especializado e medicamentos para depressão. Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) oferecem suporte multidisciplinar e acolhimento para pacientes em situações críticas. O acesso ao tratamento adequado é essencial para que as pessoas afetadas possam recuperar sua qualidade de vida.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio de forma gratuita e sigilosa. O atendimento está disponível 24 horas por meio do telefone 188, e também pode ser acessado pelo site www.cvv.org.br.