NR-1 e saúde mental no trabalho: Uberlândia recebe workshop gratuito para esclarecer mudanças
Brasil passa a exigir que empresas controlem fatores como estresse, assédio e burnout no ambiente corporativo; empresas devem se adequar para evitar multas
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A menos de dois meses do início da fiscalização das novas regras da Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que entra em vigor em 26 de maio, as empresas brasileiras já precisam correr contra o tempo para se adequar às exigências sobre riscos psicossociais no ambiente de trabalho.
A NR-1 define as diretrizes gerais de segurança e saúde no trabalho. Ela é a primeira das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e responsável por estabelecer as obrigações dos empregadores e trabalhadores.
As normas tratam dos zelos e cuidados no ambiente profissional, bem como as diretrizes para prevenir acidentes e doenças ocupacionais, orienta a criação de programas de prevenção, treinamento e capacitação e promover a integração de práticas de segurança e saúde no cotidiano das empresa.
A NR-1 foi revisada recentemente para incluir o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), agora exige que fatores como estresse, assédio e burnout sejam monitorados.
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Em Uberlândia, um workshop gratuito acontece no dia 9 de abril com o objetivo de esclarecer as dúvidas sobre as mudanças a partir da última atualização da Norma, ocorrida em 2024. A palestra acontecerá na Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), das 13h30 às 17h30.
O workshop surge como um primeiro esforço para traduzir essas regras em ações práticas, trazendo nomes como Mauro Muller, auditor fiscal do MTE e um dos responsáveis pela revisão da norma, e Lucy Mara Baú, presidente da Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo).
O bate-papo ocorre gratuitamente, no entanto, para participar é necessário realizar inscrição mediante formulário, disponibilizado pelos organizadores do evento, acesse pelo link.

Além de Muller e Lucy Marra Baú, o evento conta com Elson Rodrigues, advogado trabalhista, Anderson Pereira, engenheiro de segurança, e Carolita de Vasconcelos, ergonomista da ErGonlíder. “O excesso de sobrecarga de trabalho, a pressão por metas inatingíveis, o assédio moral e sexual, a falta de reconhecimento e suporte organizacional, jornadas exaustivas e um ambiente de trabalho hostil ou conflituoso são fatores que, se não forem tratados e mitigados pela organização, podem gerar um alto risco psicossocial”, explica Carolita Vasconcelos, uma das palestrantes. Segundo ela, o equilíbrio e uma gestão adequada são essenciais para que o trabalhador tenha um ambiente saudável e uma vida profissional sustentável, sem exposição excessiva a riscos psicossociais.
Os especialistas vão abordar desde os detalhes técnicos da fiscalização até os riscos jurídicos para aquelas empresas que não se adequarem.
