Minas registra 4 mortes por febre maculosa e alerta é reforçado em BH
Com os novos óbitos em Matozinhos, Estado contabiliza quatro mortes por febre maculosa; outros 13 casos seguem sob investigação e taxa de letalidade chega a 13,7%
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O governo de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira (1º) mais duas mortes por febre maculosa na região metropolitana de Belo Horizonte, em Matozinhos. Entre as vítimas está um adolescente de 17 anos que chegou a ser internado em um hospital da capital. Com as duas novas confirmações, Minas Gerais soma quatro mortes em 2025.
Atualmente, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) investiga 13 casos suspeitos, enquanto já contabiliza 29 registros confirmados neste ano. A taxa de letalidade da doença até o momento é de 13,7%.

Ainda na semana passada, Pedro Leopoldo confirmou o primeiro caso da doença em 2025, um homem de 48 anos, morador da zona rural de Caeté. As duas primeiras haviam sido registradas na região, que já decretou situação de emergência em saúde pública e intensificou ações preventivas, sobretudo na zona rural. Em 2024, a Secretaria de Saúde de Divinópolis (Semusa) confirmou a morte de um homem de 46 anos por febre maculosa.
Nos anos anteriores, cidades como Uberaba e Uberlândia registraram casos de febre maculosa. Em 2023, a Prefeitura de Uberaba confirmou um caso da doença. Já em 2022 medidas preventivas foram implementadas no Parque do Sabiá, em Uberlândia, para reduzir o contato da população com capivaras, hospedeiras do carrapato transmissor. Até o momento, não há registros da doença na região neste ano.
Municípios mais afetados
Segundo a SES-MG, as cidades com maior número de casos confirmados são:
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Belo Horizonte – 5 casos
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Itabira – 4 casos
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Santa Luzia – 3 casos
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Matozinhos – 2 casos
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Caeté – 2 casos
Outros municípios, como Bambuí, Betim, Boa Esperança, Contagem, Lagoa Santa, Ouro Preto, Paracatu, Pedro Leopoldo e Varginha, registraram pelo menos um caso cada.
O que é febre maculosa
A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa grave causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada do carrapato-estrela. Os sintomas iniciais incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e manchas vermelhas na pele. O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento com antibióticos são fundamentais para reduzir o risco de morte.
Sintomas de alerta
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Febre alta e súbita;
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Dor de cabeça intensa;
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Náuseas, vômitos e dor abdominal;
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Dores musculares persistentes;
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Manchas vermelhas na pele, inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés.
Como prevenir
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Usar roupas claras, compridas e botas ao caminhar em áreas de risco;
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Evitar contato com gramados e vegetação alta;
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Aplicar repelentes específicos contra carrapatos;
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Verificar o corpo e animais domésticos após atividades em locais arborizados;
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Remover o carrapato com pinça, lavar a região com água e sabão e ferver roupas usadas.
O que fazer em caso de suspeita
A SES-MG reforça que é fundamental procurar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas compatíveis, informando sobre possíveis contatos com carrapatos. “Seguiremos apoiando os municípios na adoção de medidas de prevenção, diagnóstico oportuno e tratamento adequado, com o objetivo de proteger a saúde da população mineira”, informou a secretaria em nota.