Minas Gerais é responsável por 25% da produção global de insulina

Fábrica de insulina em Montes Claros abastece mais de 57 países e impulsiona a economia local

, em Uberlândia

A fábrica da Novo Nordisk, localizada em Montes Claros, se consolida como a maior produtora de insulina da América Latina e uma das principais do mundo. Responsável por 25% da produção global do medicamento, a unidade abastece mais de 57 países, transformando o tratamento do diabetes em diversas regiões e consolidando Minas Gerais como referência mundial no setor.

Minas Gerais é referência na exportação de insulina - Crédito: Freepik
Minas Gerais é referência na exportação de insulina – Crédito: Freepik

Inaugurada em 2007, a fábrica tem papel estratégico na economia e na saúde pública global. Além de representar 25% das exportações nacionais de medicamentos, a unidade é uma das principais fornecedoras do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo acesso a medicamentos essenciais para milhões de brasileiros.

Novo investimento de R$ 500 milhões

Recentemente, a empresa dinamarquesa anunciou um investimento de R$ 500 milhões para expandir a capacidade produtiva, reforçando sua importância no cenário farmacêutico internacional. Com mais de 64 mil colaboradores em 80 países, a Novo Nordisk atua em 170 nações, oferecendo produtos que incluem insulina e medicamentos voltados ao tratamento de doenças crônicas.

A operação brasileira também se destaca pelo impacto socioeconômico: a fábrica gera cerca de 1.700 empregos e responde por 15% da insulina consumida globalmente.

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Ponto de vista da especialista

Laura Fernandes, médica residente em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), destaca a importância de Minas Gerais como um dos principais polos de produção e exportação de insulina no mundo. Para a médica, a fabricação local não apenas reduz a dependência do país em relação a importações, mas também garante um acesso mais rápido e eficiente ao tratamento em todas as regiões, inclusive nas mais remotas.

“A produção de insulina em Minas Gerais tem um impacto transformador, impulsionando a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a geração de empregos. Além disso, ao garantir um suprimento estável do medicamento, contribui significativamente para melhorar a qualidade de vida de milhares de pacientes com diabetes”, afirma Laura.

A médica também chama a atenção para a importância de garantir a equidade no acesso ao tratamento. “É fundamental investir na capacitação de profissionais de saúde e na otimização da logística de distribuição para que todos os pacientes, independentemente de sua localização, tenham acesso a um tratamento de qualidade e seguro”, ressalta Laura.

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Avanços e perspectivas

A produção de insulina em Montes Claros está na vanguarda da endocrinologia, acompanhando de perto os avanços globais na área. O desenvolvimento de insulinas biossimilares, o aprimoramento das tecnologias de administração e as promissoras pesquisas com células-tronco para o tratamento do diabetes tipo 1 posicionam Minas Gerais como um dos principais centros de produção e pesquisa nessa área no mundo.

Essa expansão industrial atrai investimentos significativos, impulsionando a criação de centros de pesquisa de excelência e fomentando a formação de profissionais altamente qualificados em endocrinologia. A oferta de cursos de especialização e programas de residência na área contribui para fortalecer o sistema de saúde e garante que os pacientes tenham acesso a um tratamento cada vez mais eficaz e personalizado.

“A produção de insulina em Minas Gerais não apenas impulsiona a economia local, mas também transforma a vida de milhares de pessoas com diabetes”, afirma Laura Fernandes. “Ao garantir o acesso a medicamentos de qualidade e estimular a pesquisa, estamos contribuindo para um futuro mais saudável para todos.”

Com a combinação de inovação, expansão e um forte compromisso com a saúde pública, Minas Gerais se consolida como líder global na produção e exportação de insulina, e como referência no tratamento do diabetes. As perspectivas futuras são ainda mais promissoras, com a possibilidade de desenvolver novas terapias e tecnologias que revolucionarão o tratamento da doença.