Gripe aviária: Minas decreta emergência sanitária após confirmação de caso em BH

Segundo a Seapa e o IMA, não há risco na ingestão de carne de frango, ovos ou outros produtos avícolas, desde que estejam devidamente cozidos

, em Uberlândia

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O Governo de Minas Gerais confirmou, nesta segunda-feira (26), um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves ornamentais em um sítio na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com isso, foi decretada Situação de Emergência Sanitária Animal no Estado, conforme publicação no Diário Oficial nesta terça-feira (27).

Minas decreta emergência sanitária após caso de gripe aviária na Grande BH
Minas decreta Emergência Sanitária após caso de gripe aviária na Grande BH. Crédito: Agência Senado/ Divulgação

Este é o primeiro registro de IAAP em Minas. No ano passado, havia sido identificado um caso mais brando da doença, uma Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (H9N2), em um pato silvestre, que não traz riscos significativos nem para aves nem para humanos.

Ao todo, 450 toneladas de ovos férteis foram descartadas no Centro-Oeste mineiro, como parte de uma medida preventiva rigorosa contra a possível entrada do vírus no território mineiro.

As autoridades reforçaram que a gripe aviária exige resposta rápida para proteger tanto o setor produtivo quanto a saúde pública.

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Pronunciamento do governo

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), não há risco na ingestão de carne de frango, ovos ou outros produtos avícolas, desde que estejam devidamente cozidos.

O governador em exercício de Minas Gerais, Mateus Simões, garantiu que não há risco para a população no consumo de carne de aves ou de ovos durante um pronunciamento oficial.

“Quero dizer à população que não há nenhum risco no consumo de carne de aves ou de ovos. O risco existe apenas para quem convive diretamente com as aves”, destacou, reafirmando que o estado já mobilizou todos os recursos necessários para controlar a situação e proteger a cadeia produtiva.

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O que diz o decreto?

A determinação permite que sejam aplicadas ações imediatas de controle, rastreamento, fiscalização e, se necessário, mobilização de recursos para conter o avanço da doença.

“As medidas de monitoramento, as ações preventivas e a análise de riscos da IAAP serão realizadas em cooperação com o setor privado e o poder público, observados os princípios e as diretrizes estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, bem como os protocolos sanitários estabelecidos na legislação vigente”, diz o decreto que tem validade de 90 dias.

Como Minas Gerais está agindo?

As ações já em andamento incluem:

  • Monitoramento e vistoria em granjas e criatórios de aves;

  • Controle sanitário rigoroso nas propriedades classificadas como de risco;

  • Adoção de protocolos de biosseguridade;

  • Campanhas de educação sanitária junto a produtores;

  • Vigilância constante sobre outras doenças aviárias, como Newcastle, salmonelose e micoplasmose.

As medidas fazem parte do Plano de Contingência da IAAP, criado em 2022 quando a doença teve os primeiros focos na América do Sul. O documento é um acordo nacional entre governos estaduais, Ministério da Agricultura e o setor produtivo.

O que a população deve fazer?

O governo orienta que, caso alguém identifique aves doentes, mortas ou com comportamento estranho, entre em contato imediato com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) ou com a Secretaria de Agricultura do município.